Introdução: A analgesia de parto é uma técnica farmacológica frequentemente utilizada para o alívio da dor durante o trabalho de parto. Trata-se de técnica simples que efetivamente promove a diminuição da intensidade da dor sentida pela parturiente. É indicada para todas as fases do trabalho de parto, pois não limita os movimentos da parturiente, permitindo seu papel ativo no processo. Nesse contexto, buscaremos analisar se a analgesia intraparto pode afetar a duração, o progresso e os resultados do trabalho de parto. Objetivo: O presente estudo busca identificar as possíveis influências da analgesia no progresso das diferentes fases da assistência ao parto normal e nas fases do trabalho de parto. Metodologia: Revisão integrativa com busca por artigos indexados na Medline via PubMed. Estratégia de busca: “analgesia AND stages labor AND progress”. Filtros: estudos publicados há, no máximo, cinco anos. Foram incluídos artigos somente na língua inglesa. Excluíram-se aqueles que não relacionaram analgesia com o progresso do trabalho de parto. Os estudos foram avaliados por meio da leitura de títulos, resumos e artigos completos. Resultados: 43 resultados foram encontrados. Ao analisar os títulos, 08 artigos foram selecionados. Após leitura dos resumos e artigos completos, permaneceram 05 artigos. Conclusão: Com base nos estudos analisados, não existem efeitos negativos no progresso da dilatação cervical em mulheres submetidas a analgesia intra-parto, independente do estágio em que o anestésico é administrado. Sendo, inclusive, a técnica de analgesia combinada (raqui-peridural), conhecida por provocar rápida dilatação cervical. Contudo, a influência da contração uterina na dilatação cervical não é significante, podendo a analgesia peridural ou a combinação da peridural com a raquidiana, alterar a evolução do trabalho de parto, tornando-o mais lento, podendo culminar com um estágio expulsivo prolongado.
Comissão Científica
Velber Xavier Nascimento
Laércio Fachin
Axel Helmut Rulf Cofré
Renata Chequeller de Almeida