Introdução: Um tratamento interdisciplinar consiste em olhar para um mesmo tema e discuti-lo sob diferentes pontos de vista profissionais, o que amplia a oferta de reabilitação para o paciente, propiciando resultados mais efetivos. Diante dos desafios da pandemia da COVID-19, nota-se a imprescindibilidade de buscar a intervenção interprofissional, em prol da recuperação positiva dos pacientes na fase pós-aguda do vírus, haja vista que a extensão da infecção por SARS-CoV-2 é multidimensional e acomete diferentes tecidos e órgãos. Objetivos: Analisar a importância do tratamento interdisciplinar na reabilitação dos pacientes na fase pós-aguda da COVID-19, a fim de demonstrar a relevância do trabalho integrado entre profissionais da saúde, em prol de um tratamento mais eficaz para pacientes com repercussões da doença. Métodos: A presente revisão de literatura foi fundamentada nas bases de dados Medline, Google Acadêmico e Scielo, utilizando os descritores: COVID-19, interdisciplinarity e rehabilitation, e o operador booleano “AND”. A partir das buscas, foram realizadas leituras de título e de resumos, sendo selecionados dez artigos relevantes à revisão em questão. Resultados: Nessa perspectiva, os estudos analisados revelaram que, embora os pulmões sejam o órgão alvo da infecção por SARS-CoV-2, evidências indicam que o vírus pode acometer muitos órgãos diferentes, incluindo coração, vasos sanguíneos, rins, intestino e cérebro. Por isso, faz-se necessário um acompanhamento por uma equipe interdisciplinar, visando atender às necessidades dos pacientes na fase pós-aguda da COVID-19. Sob esse viés, essa equipe deve ser gerenciada por um médico geriatra, mesmo que os pacientes não sejam todos idosos, pela sua aptidão em lidar com pacientes complexos e multimórbidos, e composta por médicos de diversas especialidades, como pneumologistas, imunorreumatologistas, cardiologistas, infectologistas, como também, profissionais de outras áreas da saúde, a exemplo de fisioterapeutas e psicólogos. Essa estratégia de reabilitação precoce, segundo os estudos, está associada à melhora da mobilidade e independência nas atividades de vida diária após a COVID-19, bem como o aumento da capacidade de marcha e da função pulmonar. Conclusões: Portanto, com base nas premissas apresentadas, verificou-se que a prática integrativa entre profissionais da saúde é fundamental para reabilitação dos pacientes na fase pós-aguda do vírus da COVID-19.
Comissão Científica
Velber Xavier Nascimento
Laércio Fachin
Axel Helmut Rulf Cofré
Renata Chequeller de Almeida