POPULARIZAÇÃO DO CONSUMO DE DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS PARA FUMAR (DEF’s) ENTRE ESCOLARES E RISCOS ASSOCIADOS

POPULARIZAÇÃO DO CONSUMO DE DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS PARA FUMAR (DEF’s) ENTRE ESCOLARES E RISCOS ASSOCIADOS

• Autor
• Júlia Gabrielle Menezes Brito
• Co-autores
• Beatriz Austregésilo de Athayde de Hollanda Morais , Carla Rívia Padilha de Almeida , Giovanna Gomes Pereira Silva , Joquebede Pereira de Araújo Sousa , Gabriela Muniz de Albuquerque Melo
• Resumo

•  

  Introdução: Os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF’s), popularmente denominados cigarros eletrônicos ou vapes, são aparelhos que utilizam baterias e levam a vaporização de diversas substâncias. Popularizaram-se principalmente entre os jovens, com crescimento do uso considerável na região Nordeste, apesar da comercialização ser proibida pelo Governo Brasileiro desde 2009. Objetivos: Fazer uma análise sobre o uso de cigarros eletrônicos por escolares do ensino básico na região Nordeste e descrever os possíveis danos à saúde. Métodos: Foi realizada a análise dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), com recorte para a Região Nordeste acerca do consumo dos DEF’s por escolares e uma revisão de literatura narrativa sobre os danos proporcionados à saúde nas bases de dados PubMed e Scielo utilizando os descritores “cigarros eletrônicos”, “escolares” e “enfermidades”. Resultados: A PeNSE coletou dados de 4.242 escolas públicas e privadas, 6.612 turmas e entre 159.245 estudantes de 13 a 17 anos de idade. Foi observado que cerca de 12,7% dos estudantes do sexo masculino e 8,89% do sexo feminino do ensino básico no Nordeste afirmaram fazer uso de DEFs. Entre os escolares, houve uma maior prevalência dos residentes masculinos do estado de Sergipe com 15,25% de uso, seguida pelos residentes do sexo feminino do estado de Pernambuco com 11,94% de uso. O estado nordestino com a menor taxa de consumo foi o Maranhão para ambos os sexos. Os riscos à saúde relacionados ao consumo dos DEF’s estão relacionados à maior propensão do desenvolvimento de doenças pulmonares, cardiovasculares e distúrbios neurológicos, além de corroborar com a adesão ao tabagismo tradicional. Conclusões: Evidencia-se que, apesar da proibição da venda de DEF’s pela Anvisa desde 2009, ainda há uma incidência de uso considerável e crescente entre estudantes do ensino básico na Região Nordeste. Estes são impulsionados, principalmente, pelo acesso facilitado aos dispositivos, o que favorece a adesão ao tabagismo, além do surgimento de possíveis enfermidades. São necessárias políticas públicas e ações nas comunidades escolares para alertar sobre os riscos à saúde e promover a redução do consumo.

• Palavras-chave
• Cigarros Eletrônicos, Escolares, Enfermidades
• Área Temática
• Epidemiologia da regionalidade

Voltar Download