REPERCUSSÕES FISIOPATOLÓGICAS DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO

  • Autor
  • Marília de Araújo Alves
  • Co-autores
  • Luciano Feitosa D’Almeida Filho , Fernanda Lages de Brito Carnaúba , Letícia Barbosa de Magalhães Mauricio , Juliane Gonzaga Baltieri , Ivonilda de Araújo Mendonça Maia , Juliane Cabral Silva , Ana Soraya Lima Barbosa
  • Resumo
  • Introdução: A depressão pós-parto (DPP) representa uma das complicações mais comuns associadas à gravidez, com estimativa de afetar até 22% das mães em todo o mundo. Manifesta-se por meio de variados sintomas, incluindo humor deprimido, anedonia, distúrbios do sono e apetite, irritabilidade, distúrbios psicomotores, fadiga, sentimento de culpa ou inutilidade, preocupações obsessivas e, mais gravemente, ideação suicida. Há evidências de que fatores biológicos, incluindo fatores hormonais, genética e função imunológica, exerçam influência na fisiopatologia da depressão puerperal. Objetivo: Analisar as principais repercussões fisiopatológicas da depressão pós-parto. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada na base de dados Medline via PUBMED. Utilizou-se a estratégia de busca por meio dos descritores “postpartum depression” AND “pathophysiology”. Como critérios de inclusão, houve a seleção de bibliografias em inglês, datadas de 2018 a 2022, em estudos somente com humanos e na faixa etária igual ou maior que 18 anos. Foram incluídas, também, revisões sistemáticas. O número de resultados encontrados foi 81, valor que posteriormente foi reduzido a 22 após a leitura dos títulos, com a seleção final de 6 artigos para leitura integral, mediante análise dos resumos. Resultados: A DPP é frequentemente subdiagnosticada e subtratada, representando uma ameaça potencial à saúde e qualidade de vida da mãe, filho e família. As consequências vão desde sofrimento materno até prejuízo no desenvolvimento das habilidades cognitivas, emocionais, verbais e sociais da criança. A mulher pode negligenciar sua saúde física e bem-estar, além de afetar diretamente o cuidado materno, como não amamentar, não ir às consultas de puericultura, não completar imunizações e não usar dispositivos de segurança. Para a criança os efeitos são numerosos, incluindo o prejuízo na relação mãe-bebê, além de a longo prazo comprometer o desenvolvimento emocional, social e cognitivo da criança. Sintomas sensoriais ainda são pouco estudados. Conclusões: É de suma importância realizar uma triagem para DPP em todas as consultas pré-natais e pós-parto, especialmente em mulheres com histórico de depressão e ansiedade, visando minimizar os impactos negativos que o desenvolvimento dessa condição acarreta. Além disso, intervenções biopsicossociais, farmacológicas e somáticas são grandes aliadas no manejo da DPP.

  • Palavras-chave
  • Depressão pós-parto, Saúde mental, Psiquiatria
  • Área Temática
  • Processo saúde-doença do indivíduo, da família e da comunidade
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  • Pesquisa clínica-laboratorial
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Comissão Científica

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