Introdução: O diabetes mellitus gestacional (DMG) é geralmente diagnosticado na segunda metade da gravidez e é o problema metabólico mais frequente nas gestações. Ademais, a prevenção do DMG é prioridade no serviço público de saúde e conta com múltiplas estratégias voltadas principalmente para o controle de fatores de risco. Objetivos: Avaliar os principais fatores de risco e as estratégias para a prevenção e controle do DMG na atenção primária à saúde. Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura realizada nas bases de dados Pubmed, com estratégia de busca “Gestational Diabetes’ AND Pregnancy AND Risk Factors”, utilizando artigos em português e inglês publicados entre 2017 e 2022. Encontrou-se 1415 artigos, após análise do título restaram 22 e após a leitura na íntegra 7 artigos foram selecionados para análise. Resultados: Os principais fatores de risco para DMG são: idade materna avançada, obesidade ou ganho excessivo de peso na gestação atual, deposição excessiva de gordura corporal, história familiar de diabetes, entre outros. Cerca de 5% das mulheres apresentam DMG e complicações podem surgir a partir da associação com outras doenças, como hipertensão arterial e lesão renal, mas com uma boa triagem no pré-natal e através de exercícios físicos e mudança alimentar pode-se obter o controle da doença, evitando possíveis complicações para a gestante e o bebê. Conforme a avaliação de dados comparativos, percebeu-se que uma intervenção precoce, baseada na mudança de hábitos de vida, reduziu mais de 50% da incidência do DMG em um período de 3 anos, enquanto uma intervenção direta farmacológica, em igual período, reduziu cerca de 30%. Ademais, há necessidade de investigação com exames laboratoriais regulares para conseguir acolher precocemente as pacientes assintomáticas, assegurando o acompanhamento integral na rede de atenção primária e garantindo um melhor prognóstico. Conclusões: Observou-se uma preocupação da rede de atenção primária com o DMG desde a identificação, seleção e acompanhamento de pacientes com alto risco para o seu desenvolvimento. Desse modo, evidencia-se a importância do controle glicêmico e hormonal, especialmente pela terapia nutricional e exercício, minimizando problemas tanto para a gestante quanto para o bebê.
Comissão Científica
Velber Xavier Nascimento
Laércio Fachin
Axel Helmut Rulf Cofré
Renata Chequeller de Almeida