Introdução: O pé diabético está entre as complicações mais frequentes do Diabetes Mellitus e ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve lesão ou ferida. Essas alterações na pele evoluem por anos ao longo da doença, tornando-se crônicas ou levando a amputações dos membros. Nesse sentido, é necessário aprofundar a compreensão da ação da oxigenoterapia hiperbárica como possível fator benéfico em acelerar o processo cicatricial, melhorando o prognóstico do paciente. Objetivo: Realizar uma revisão de literatura acerca do efeito na velocidade de cicatrização de pacientes com pé diabético, submetidos à oxigenoterapia hiperbárica. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa realizada nas bases de dados: SciELO e Pubmed, utilizando os descritores: Oxigenoterapia Hiperbárica; Pé Diabético; Cicatrização. No total, foram identificados 597 estudos. Após triagem do título e resumo, oito artigos permaneceram para leitura na íntegra. Desses, excluíram-se cinco por falta de dados, permanecendo três para extração de dados. Com relação aos critérios de seleção, incluíram-se estudos sobre a influência da oxigenoterapia hiperbárica na cicatrização de pé diabético. Não houve restrição de idioma e ano de publicação. Resultados: Os estudos apresentam uma nova estratégia clínica de terapia para acelerar a cicatrização do pé diabético, envolvendo a utilização da oxigenoterapia hiperbárica, a qual age através da oferta de oxigênio a 100%, sob uma pressão de 2 até 3 atmosferas, em que a pressão negativa exercida no interior da câmara hiperbárica reduz o volume de oxigênio e mantém sua concentração em 100%, possibilitando uma inalação mais concentrada em menor volume por inspiração. O método fornece um alto teor de oxigênio para estimular, dentre outros eventos, a proliferação de fibroblastos (células de cicatrização), a formação de novos vasos, a potencialização do efeito de antibióticos, a redução de edemas. Entretanto, apresenta efeitos colaterais e complicações, como o barotrauma de ouvido médio e a embolia arterial gasosa. Mesmo assim, as vantagens são maiores do que os riscos. Conclusões: Há evidências do aumento da velocidade de cicatrização advindo do uso da técnica de oxigenoterapia hiperbárica em pacientes com pé diabético, reduzindo o tamanho das feridas, os riscos de amputações e promovendo melhor qualidade de vida.
Comissão Científica
Velber Xavier Nascimento
Laércio Fachin
Axel Helmut Rulf Cofré
Renata Chequeller de Almeida