Os efeitos da laparoscopia em casos cirúrgicos de acalasia: uma revisão integrativa

  • Autor
  • Carlos Andrey Ferreira de Almeida Filho
  • Co-autores
  • Maria Clara Chada Mendes , Aline Tenório Lins Carnaúba
  • Resumo
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    Introdução: A acalasia esofágica é um distúrbio incomum que afeta a motilidade do esôfago, sendo caracterizada, principalmente, pelo relaxamento incompleto do esfíncter inferior do esôfago e peristaltismo anormal. Seu tratamento pode ser feito através de fármacos, cirurgicamente ou por assistência endoscópica. Contudo, dos tratamentos definitivos cirúrgicos disponíveis (miotomia endoscópica perioral, dilatação pneumática e miotomia de Heller), a miotomia de Heller é considerada a padrão-ouro no que tange aos resultados em longo prazo. Nos últimos anos, entretanto, esse procedimento tem sido aprimorado por meio da laparoscopia. Objetivos: Verificar os efeitos positivos da laparoscopia na evolução de pacientes cirúrgicos de acalasia. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada nas bases de dados Medline e SciELO, por meio de buscas utilizando os seguintes descritores: “laparoscopy”, “achalasia” e “esophageal”, com o uso do operador booleano “and”. Foram excluídos artigos que não ponderavam a respeito das consequências da laparoscopia em casos de acalasia; não houve restrição de idioma e foram filtrados artigos publicados nos últimos 25 anos. Para seleção dos artigos, leu-se títulos, resumos e textos na íntegra, sendo selecionados os que se mostraram eficientes em expor benefícios da laparoscopia em cirurgias de acalasia. Resultados: Foram encontrados 300 artigos (298 da Medline e dois da SciELO), dos quais foram eliminados 270 após leitura dos títulos, 14 com a leitura dos resumos e dez com a leitura dos textos completos, restando seis para avaliação qualitativa (um da SciELO e cinco da Medline). Fica evidente, então, que a laparoscopia é extremamente eficiente na melhora do prognóstico cirúrgico, sendo responsável pela redução drástica de resultados negativos em pós-operatórios tardios; não foram registradas nenhuma complicação intraoperatória ou morte. Apenas cerca de oito por cento dos pacientes apresentaram refluxo no pós-operatório. Conclusões: Logo, nota-se que o tratamento cirúrgico utilizando a laparoscopia favorece a redução na pressão de esfíncter esofágico inferior e desenvolvimento superior no pós-operatório tardio, acarretando, assim, numa melhora na qualidade de vida. Além disso, apresenta melhoria nos casos de disfagias ao longo do tempo, quando comparado com os procedimentos sem esse método.

     

  • Palavras-chave
  • Acalasia, laparoscopia, prognóstico.
  • Área Temática
  • Tecnologias em saúde e sustentabilidade em saúde
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