CONSULTA DE PRÉ-NATAL E O MANEJO DOS CASOS DE MULHERES EM USO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS DURANTE A GRAVIDEZ.

  • Autor
  • Izadora Magalhães Vasconcellos
  • Co-autores
  • Alice Cardoso Braga , Isadora Oliveira Barbosa , Isabela Karine Rodrigues Agra , Laura Beatriz Tenório Vitorino , Nycolle Beatriz Lima de Siqueira
  • Resumo
  • Introdução: Visando o desfecho positivo da gestação, a atenção ao pré-natal caracteriza-se como um conjunto de ações simultâneas que objetivam promover saúde e prevenir possíveis adversidades no pré, peri e pós-nascimento. Diante disso, a equipe de saúde deve avaliar o bem-estar materno e fetal, bem como mapear riscos existentes e orientar sobre hábitos maléficos, sobretudo nos casos de uso materno de substâncias químicas, seja de drogas lícitas (álcool, cigarro e opióides legais) ou ilícitas (cannabis e opióides ilegais). Objetivos: Analisar se, durante as consultas de pré-natal, mulheres grávidas são orientadas corretamente sobre os riscos do uso de substâncias químicas e verificar seu manejo. Métodos: Revisão bibliográfica nas bases de dados MEDLINE (via PubMed) e SciELO através dos descritores “Prenatal Care" e "Substance-Related Disorders”, e do operador booleano "AND". Incluídas publicações com texto completo gratuito e excluídas aquelas publicadas anteriormente a 2017. Leitura por etapas (títulos, resumos e artigos completos). Resultados: Foram encontrados 175 artigos, sendo selecionados 7 relevantes. A partir dos resultados observados, apesar dos protocolos existentes para casos suspeitos (triagem, intervenção breve e encaminhamento para tratamento), o aumento do uso indevido de drogas durante a gestação demonstra um descaso com a discussão da temática, demandando modificações no pré-natal e uma atuação direcionada dos profissionais no manejo adequado, tendo em vista o alto risco de desenvolvimento fetal prejudicado (prevalência de parto prematuro, bebê pequeno para a idade gestacional), infecções sexuais maternas, distúrbios hipertensivos da gravidez e comorbidades psiquiátricas. Além disso, em uma amostra de 3.341 mulheres, somente 53 a 73% delas relataram ter recebido aconselhamento relacionado ao uso e/ou abuso de substâncias durante a gravidez, porcentagem inferior, por exemplo, a de orientações sobre nutrição (com 84 a 96%). Conclusão: Com base na literatura, a relação entre gravidez e uso de substâncias é drástica, necessitando, portanto, de uma atenção pré-natal singular e voltada às particularidades do caso. Em síntese, o papel dos profissionais de saúde envolvidos no pré-natal é, invariavelmente, incentivar que as pacientes interrompam o uso das substâncias mencionadas e instruam sobre os riscos dos hábitos relacionados ao consumo.

  • Palavras-chave
  • Substâncias químicas. Pré-natal. Gravidez.
  • Área Temática
  • Integralidade da atenção em saúde
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Comissão Científica

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