Introdução: As medidas de distanciamento e de isolamento social na pandemia causada pelo SARS-CoV-2 desencadearam mudanças significativas na vida da população mundial, colaborando para um comprometimento no bem-estar mental. Assim, desordens como distúrbios do sono, ansiedade e depressão tornaram-se prevalentes, principalmente entre os jovens, o que despertou uma preocupação devido a uma ampliação do uso indevido e irracional de psicofámacos. Objetivo: Demostrar as evidências científicas do uso indiscriminado de antidepressivos e ansiolíticos entre os jovens durante a pandemia de Covid-19. Métodos: O presente estudo é uma revisão bibliográfica integrativa, com busca das publicações nos banco de dados da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), nas bases eletrônicas Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE) e Scientific Electronic Library Online (SciELO) e no espaço temporal de 2019 a 2022. Resultados: Durante a pandemia do COVID-19 houve um aumento significativo nos diagnósticos de doenças ligadas a saúde mental da população brasileira, com mais destaque em adultos jovens entre 18 e 30 anos. Os diagnósticos mais comuns foram a depressão e ansiedade chegando a um aumento de 50% dos casos, o que levou a uma maior procura de psicofármacos como antidepressivos e ansiolíticos. Tais aumentos podem ser também associados a fatores como o desemprego e isolamento social durante a pandemia. Vale ressaltar que tais aumentos podem levar a uma maior preocupação com o uso indevido e indiscriminado de medicamentos psicotrópicos.
Conclusões: A pandemia da COVID-19, sem dúvida, apresentou relação direta com o aumento do consumo indiscriminado de antidepressivos e ansiolíticos pela população joven, de forma que políticas públicas relacionando a saúde mental e as pandemias precisam ser repensadas.
Comissão Científica
Velber Xavier Nascimento
Laércio Fachin
Axel Helmut Rulf Cofré
Renata Chequeller de Almeida