Introdução: A covid-19 tem como principal complicação a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo perceptível o aumento na mortalidade em pacientes com comorbidades, em destaque para cardiopatas, diabéticos, imunodeprimidos e pneumopatas, fato que justifica a realização deste trabalho, a fim de entender quais comorbidades são essas e sua influência na mortalidade do paciente. Objetivos: O estudo teve como objetivo analisar as principais comorbidades associadas aos óbitos por SRAG ocasionadas por covid-19 no Brasil. Métodos: Foi realizado um estudo ecológico com casos de Covid-19 no Brasil. Os dados em relação aos óbitos por covid-19 foram retirados dos boletins epidemiológicos divulgados pelo governo federal no período de 26 de fevereiro de 2020 a 01 de outubro de 2022. os boletins utilizados foram os de número 43, 93 e 133. Esses foram selecionados por terem sidos os últimos publicados em cada ano no momento da realização desse resumo. Os dados foram categorizados de acordo com o tipo de comorbidade associada ao óbito, sendo os mesmos tabulados na plataforma excel. Resultados: Com base nos dados obtidos foi constatado um alto índice de comorbidades em pacientes que evoluíram para óbito por SRAG no Brasil. No ano de 2020, entre os 186.762 óbitos, 65,6% (122.515) apresentavam alguma comorbidade com destaque para cardiopatia com 42,2% (78.948); diabetes 32,1% (59.973) e doença renal 6,8% (12.826). Já em 2021, dos 372.954 óbitos, 59,9% (223.399) continham algum fator de risco, com enfoque para cardiopatia com 42,9% (160.158); 30,4% de diabetes (113.738) e 12,5% (46.965) de obesidade. Em 2022, dos 54.351 óbitos, 66,2% (35.980) apresentava pelo menos uma comorbidade, se destacando cardiopatia com 41,3% (22.489); diabetes com 26,6% (14.459) e doença neurológica com 10,5% (5.711). Outras comorbidades evidenciadas foram pneumopatia, asma e imunodepressão. Conclusões: Portanto, os indicadores sugerem que há um índice elevado na mortalidade por COVID-19 em pacientes com comorbidades, com ênfase nas cardiopatias e diabetes. Neste sentido, mostra-se necessário atenção especial aos indivíduos que apresentam algum fator de risco e um manejo adequado de suas complicações
Comissão Científica
Velber Xavier Nascimento
Laércio Fachin
Axel Helmut Rulf Cofré
Renata Chequeller de Almeida