VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE MONKEYPOX HUMANO: alerta para uma rara zoonose viral endêmica no Brasil

  • Autor
  • Arthur Castro Guimarães
  • Co-autores
  • Arthur Peixoto Queiroga , Hermann Fernandes Motta Câmara , Pedro Henrique Laurindo Tenório Silveira dos Anjos
  • Resumo
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    Introdução: A Monkeypox, doença originalmente zoonótica, é causada pelo vírus Monkeypox, cuja sintomatologia varia entre indivíduos e apresenta grande semelhança com os sintomas da varicela e do sarampo, uma vez que nessas doenças o indivíduo também apresenta principalmente erupções cutâneas, no entanto, a presença de adenopatia é fundamental para o diagnóstico diferencial. Em países como o Brasil, de população grande, geograficamente extenso, o conhecimento epidemiológico sobre a ocorrência da doença é relevante. Objetivos: O trabalho teve como objetivo analisar os dados epidemiológicos de casos de Monkeypox em humanos no Brasil. Métodos: Foram utilizadas informações e dados epidemiológicos de janeiro a setembro de 2022, a partir de boletins de ocorrência e informes técnicos disponibilizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Organização Mundial da Saúde (OMS). As variáveis analisadas foram casos por regiões do Brasil, sexo, faixa etária, mecanismos de transmissão e sintomas apresentados. Resultados: Foram notificados 60.841 casos confirmados laboratorialmente no mundo, incluindo 23 óbitos. Em relação aos casos no Brasil, 10,6% das notificações (6.448 casos) e 8,7% óbitos (2 óbitos), o deixa em terceiro lugar de infectados, principalmente na região sudeste, com 72,4% (5.048 casos). Além disso, há predominância de casos no sexo masculino 92,2% (6.411 casos) com uma média de idade de 32 anos. Observou-se principalmente infectados, homens que tinham relações íntimas com outros homens - 53,4% (3.424) - ainda, os sinais e sintomas mais comumente relatados nos infectados são febre com 58,0% (4.046), adenomegalia 41,4% (2.889) e erupções cutâneas 40,2% (2.802). Conclusões: Portanto, conclui-se que a Monkeypox é uma doença de fácil transmissão e apresenta-se em aumento de casos, não só no Brasil, mas no mundo. Apresentando maior ocorrência no sexo masculino predominantemente na faixa etária de 30 a 39 anos. A relação íntima de homens com outros homens possivelmente é o maior fator de risco para transmissão. Nesse sentido, é necessário o conhecimento sobre o vírus para a prevenção e assim evitar a sua dispersão. Além da importância do diagnóstico rápido e tratamento adequado.

  • Palavras-chave
  • Monkeypox, Epidemiologia, Nível de alerta
  • Área Temática
  • Epidemiologia da regionalidade
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Comissão Científica

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