Introdução: O gênero Cryptosporidium sp. é composto protozoários coccídios intracelulares entéricos obrigatórios do filo Apicomplexa, que infectam tanto humanos quanto animais. A infecção ocasionada por Cryptosporidium sp. causa criptosporidiose, que em humanos, pode resultar em diarreia aquosa, que normalmente é autolimitada em indivíduos imunocompetentes, mas pode ser crônica e fatal em indivíduos imunocomprometidos. Objetivos: Compreender a epidemiologia e as características da criptosporidiose no mundo. Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura integrativa por meio das publicações selecionadas nas bases de dados: National Library of Medicine (PubMed/Medline) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram adotados como critérios de inclusão: publicações dos últimos 5 anos e artigos em português, inglês e espanhol. Já como critérios de exclusão: pesquisas não evidenciadas em humanos e artigos duplicados, e artigos que não foram disponibilizados na íntegra e gratuitamente. As variáveis analisadas foram casos por regiões do mundo, mecanismos de transmissão e sintomas apresentados. Resultados: Foram filtrados 193 artigos, no qual apenas 40 artigos integraram esta pesquisa. Desses, a maior parte dos artigos submetidos eram estudos sobre o continente africano 25% (10) e da Ásia 25% (10), ficando a América em 4º lugar, com 17,5% (7), com o Brasil sendo o foco de estudo de 5% (2) de todos os artigos. No que se refere à transmissão, a via mais relatada foi a antroponótica, sendo mencionada em 40% deles (16), a via zoonótica também teve grande destaque com menção em 22,5% (9) dos trabalhos. Já em relação à sintomatologia, a diarreia foi a mais presente ao ser citada em 82,5% (33 artigos), outros sintomas mencionados foram cefaleia 12,5% (5), dores nas articulações 5% (2) e dores nos olhos 5% (2). Conclusões: O gênero Cryptosporidium sp. é amplamente distribuído por todo o mundo, principalmente em países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, transmitido por via oral-fecal. Nesse sentido, é necessário o conhecimento sobre o parasita para a prevenção e assim evitar complicações maiores.
Comissão Científica
Velber Xavier Nascimento
Laércio Fachin
Axel Helmut Rulf Cofré
Renata Chequeller de Almeida