Introdução: O consumo de plantas medicinais é uma prática milenar, a princípio de forma empírica no tratamento de diversas doenças. Na atualidade, o cuidado com a saúde mental se tornou fator de relevância e questão de saúde pública, assim, a busca por métodos naturais se evidenciou e o uso de fitoterápicos apresenta benefícios efetivos no tratamento dos distúrbios do sono, ansiedade e depressão. Para tanto, a indústria farmacêutica se apropriou desse nicho e desenvolveu fitoterápicos a base de substâncias naturais sob a forma de comprimidos, cápsulas e soluções se adequando a utilização popular de chás e infusões com propriedades calmantes. Objetivos: Esse trabalho objetivou demonstrar as evidências científicas da fitoterapia no tratamento dos distúrbios do sono, ansiedade e depressão, além da necessidade de despertar para seus benefícios. Métodos: O presente estudo é uma revisão bibliográfica, com busca das publicações nos banco de dados da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), nas bases eletrônicas Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE) e Scientific Electronic Library Online (SciELO) e no espaço temporal de 2018 a 2022. Resultados: Dentre os estudos utilizados nesta pesquisa, foi evidenciado diversas espécies de plantas como Humulus lupulus L. conhecida como Lúpulo, Matricaria chamomilla L. a Camomila, Passiflora incarnata L., Valeriana officinalis L., Melissa officinallis L., Piper methysticum L., as mais utilizadas, com eficácia comprovada no tratamento dos distúrbios do sono, ansiedade e depressão propiciando ação ansiolítica, atuando no sistema nervoso central, nos centros depressores nervosos, sem causar tantos efeitos colaterais que os fármacos sintéticos que demontram dependência, diminuição da concentração. Conclusões: É importante salientar, que apesar de seus benefícios as plantas por apresentarem constituintes químicos necessitam de adequada posologias, indicações terapêuticas, pois os fitoterápicos podem causar toxicidade e efeitos adversos, interações medicamentosas, junto com maior sensibilidade nos grupos de riscos O avanço da ciência nos estudos dos fitoterápicos confirma o conhecimento acumulado, entretanto é preciso ter cautela no uso, sendo essencial orientar os pacientes quanto ao uso racional, de modo a proporcionar a promoção, proteção e recuperação da saúde de forma adequadamente segura.
Comissão Científica
Velber Xavier Nascimento
Laércio Fachin
Axel Helmut Rulf Cofré
Renata Chequeller de Almeida