Introdução: A participação de crianças na prática esportiva é cada vez mais frequente como estímulo de combate ao sedentarismo. Porém, o envolvimento esportivo em idade pediátrica traz preocupações referentes às lesões músculo-esqueléticas, as quais decorrem de dinâmicas de treinamento que destoam do desenvolvimento corporal do paciente pediátrico. Objetivos: Analisar as principais lesões músculo-esqueléticas e seus mecanismos de trauma. Métodos: O presente estudo é uma revisão de literatura, tendo como busca bibliográfica as bases MEDLINE via plataforma PUBMED e Google Acadêmico, fazendo o uso das seguintes estratégias de busca: “lesões AND crianças AND esportes NOT adolescentes”. Ainda, foram analisados artigos científicos dos últimos 5 anos. Além disso, foram incluídos artigos que indicavam estudos em crianças, artigos em português, inglês e artigos originais. Da mesma forma, foram excluídos artigos que tratavam de lesões ortodônticas. As etapas de leitura do trabalho foram: leitura de título, resumos e artigos por completo. Resultados: De 13.800 resultados encontrados na base de dados Google Acadêmico, foram selecionados 59 por título, desses foram selecionados 14 e a partir do resumo foram eliminados 5, restando 3 artigos lidos por completo, onde um deles falava sobre a rotura ligamentar do cruzado anterior e os outros dois sobre fraturas ósseas. De 1.656 resultados encontrados na base de dados MEDLINE via PUBMED, 34 foram selecionados por título, destes, restaram 16 após a leitura do resumo. Com isso, 4 artigos foram lidos por completo. Desses 4, dois artigos descreviam lesões de úmero, onde um deles especificava a fratura supracondilianana criança. Os outros artigos citavam o entorse ligamentar de tornozelo, luxação femoropatelar e fratura de escafóide. Conclusões: Logo, ressalta-se ainda que as diferenças fisiológicas da criança e do adulto influenciam nas lesões músculo-esqueléticas. No úmero, a fratura supracondilianadecorre de um mecanismo de hiperextensão. Já na fratura de escafóide, o mecanismo de lesão é decorrente de um trauma de baixa energia com a hiperextensão do punho. Nos membros inferiores, a rotura do ligamento cruzado anterior está relacionada ao mecanismo de rotação do joelho com o pé fixono chão. Outras injúrias do esqueleto apendicular são referentes a esportes de alto contato.
Comissão Científica
Velber Xavier Nascimento
Laércio Fachin
Axel Helmut Rulf Cofré
Renata Chequeller de Almeida