Introdução: A Organização Mundial de Saúde (OMS) não possui parâmetro específico do número ideal de médicos por habitantes. Em 2020, o Brasil apresentou uma taxa semelhante à dos países desenvolvidos (2,4), mas ainda se encontra abaixo da taxa de 3,5 médicos por mil habitantes, que é a média da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Essa taxa geral tem limitações, pois não considera a diversidade das concentrações locais de médicos, que variam conforme a distribuição desigual nos territórios e as características dos sistemas de saúde. Objetivos: Traçar características da Demografia Médica do estado de Alagoas, relacionadas à população de médicos no Brasil. Métodos: Revisão de uma produção científica da publicação da Demografia Médica no Brasil, em 2020, e de dados extraídos do cadastro dos sites do CREMAL e do IBGE, em outubro de 2022, usando como bases dados relativos de Alagoas. Resultados: Da análise demográfica de 2020, observou-se que dos 9 estados do Nordeste, Alagoas se destaca na segunda menor proporção médico por mil habitantes. Com desigualdade significativa entre a capital (4,26) e nos municípios do interior (0,39). Sendo o quarto colocado em maior desigualdade de distribuição de médicos na capital e interior do nordeste. É possível notar em relação ao gênero, que Alagoas se destaca com a maior porcentagem de profissionais do sexo feminino (51,6%) dos estados do Brasil. A prevalência no estado é de especialista na área de Clínica Médica e Pediatria. Analisando os parâmetros de 2022, Alagoas aumentou aproximadamente 9,3% sua proporção de médicos, passando para um índice de 1,7 médicos por mil habitantes. Conclusões: é possível concluir que o estado de Alagoas possui taxa médica por mil habitantes abaixo em comparação ao Brasil. No entanto, o índice na capital Maceió supera o da OCDE, o que sugere uma desigualdade significativa de médicos no estado. Conforme análise da demografia médica 2020, o número considera-se insuficiente para atender a toda população Alagoana, em função da distribuição desigual. Com base na taxa da OCDE em 2022, esse número ainda não foi alcançado.
Comissão Científica
Velber Xavier Nascimento
Laércio Fachin
Axel Helmut Rulf Cofré
Renata Chequeller de Almeida