O gênero Crinum Herb. Apresenta uma diversidade de propriedades biológicas atribuídas, como: antitumoral, antimalárica, anti-inflamatória, analgésica, antimicrobiana e ação inibitória e reversível da enzima acetilcolinesterase e, por consequência, conquistou um enfoque na ciência. Entretanto, a espécie Crinum scabrum Herb. Apresenta apenas dois estudos relatados na literatura. O primeiro relata o isolamento do alcaloide licorina e o último, realizado há mais de 30 anos revelou três alcaloides: crinamina, 6 hidroxicrinamina e licorina. O material vegetal foi recolhido na fazenda Santa Efigênia, localizada na cidade de Goiandira - GO, no dia 30 de outubro de 2016 pelo Prof. Dr. Warley de Souza Borges. Em seguida, foi depositado no Herbário: VIES – UFES (Universidade Federal do Espírito Santo). Comparando-se os deslocamentos químicos apresentados com a literatura, verificou-se neste estudo experimental a presença dos seguintes alcaloides isoquinolínicos, crinamina alcaloide já descrito na literatura e uma mistura de epímeros: haemantidina e 6-epihaemantidina que ainda não foram descritas nesta espécie, Alcaloides cujo esqueleto provém do alcaloide haemantamina e apresentam hidroxila na posição C-6 são frequentemente encontrados como uma mistura de isômeros. Neste estudo, os compostos foram identificados em Espectro de RMN ¹H (Ressonância Magnética Nuclear) 400 MHz composto CS01 em CDCl3. Diante de tantas enfermidades que afligem pessoas do mundo inteiro, atualmente, continua desafiador a busca por uma cura ou atenuação para tais doenças. Ao mesmo tempo, avanços nas pesquisas de produtos naturais, especialmente em alcaloides, trazem a esperança de uma melhor qualidade de vida. O estudo químico da espécie Crinum scabrum ainda se encontra em fase inicial, mas seu extrato é promissor devido a quantidade de alcaloides presentes. Alcaloides do tipo crinamina/haemantamina possuem diversas atividades biológicas, estudos in vitro revelaram resultados positivos em células tumorais e também boa atividade antiparasitária frente ao Plasmodium falciparum, Trypanosoma brucei rhodesiense y Trypanosoma cruzi. As plantas foram utilizadas como medicina tradicional já muitos anos, compostos insolados delas estão sendo testados para identificar bioatividade in vitro in vivo frente aos parasitas, protozoários buscando novas opções de terapias em enfermidades infecciosas, tendo enfoque especial com a atividade antimalárica e amébica. Sabendo que muitas pessoas já criaram resistência aos fármacos utilizados na atualidade e também alguns deles causaram reações adversas na saúde. Nosso aporte cientifico sempre e com a visão de melhorar a qualidade de vida do ser humano.
Os trabalhos aprovados pela Comissão Científica do I CONQSFAR constituem a presente publicação, ‘Anais do I Congresso de Química aplicada a Saúde e Farmácia’.
Com esta publicação, esperamos contribuir para o fomento do conhecimento científico divulgando pesquisas que venham ao encontro dos desafios e inovações da Química voltadas à Saúde e das Ciências Farmacêuticas.
Comissão Organizadora
Louhana Moreira Rebouças
Emília Maria Alves Santos
Thiago Moreira Melo
Breno Araújo Barbosa
Comissão Científica
Louhana Moreira Rebouças
Emília Maria Alves Santos
Maria do Socorro Pinheiro da Silva
Francisco Maurício Sales Cysne Filho
Pedro Miguel Cruz Sales
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