Introdução: O Projeto Farmácia Viva é o primeiro projeto de assistência social farmacêutica desenvolvido no Brasil baseado no emprego científico de plantas medicinais. Dentre as formulações padronizadas a partir de cápsulas gelatinosas duras, destacam-se, dentro do projeto, as cápsulas contendo extrato seco de Maracujá e extrato seco Valeriana. Para manipulação dessas cápsulas é necessário além dos fármacos, uma quantidade adicional de excipientes. Os excipientes têm papel importante na qualidade, segurança e no desempenho do medicamento, possuindo inúmeras funções. O objetivo deste estudo é padronizar excipientes para duas formulações fitoterápicas em cápsulas manipuladas no projeto Farmácia Viva localizado no município de Sobral-CE. Metodologia: Trata-se de um levantamento teórico, análise da bibliografia sobre os variados excipientes e sobre os fitoterápicos em questão para posterior sugestão de padronização, sendo um estudo primário, descritivo, intervencional, comparativo e laboratorial. Foram manipuladas 30 cápsulas de cada fitoterápico e submetidas ao controle de qualidade, onde foram avaliados, o peso médio, limite de variação, coeficiente de variação, desvio padrão e variação do conteúdo teórico das cápsulas. Resultados e Discussão: A formulação de Maracujá sugerida teve como excipientes escolhidos o amido glicolato de sódio (8,00 %) como desintegrante, o estearato de magnésio (0,5 %) como lubrificante, o lauril sulfato de sódio (2,00 %) como agente molhante, dióxido de silício coloidal (0,5 %) como deslizante, o talco farmacêutico (1,00 %) como adsorvente, o amido farmacêutico (22,00 %) como um diluente hidrofóbico e lactose monohidratada (66,00 %) como um diluente hidrofílico. Já a formulação de Valeriana proposta teve como excipientes escolhidos, o estearato de magnésio (0,5 %) como lubrificante, o dióxido de silício coloidal (0,5 %) como deslizante, o talco farmacêutico (1,00 %) como adsorvente, o amido farmacêutico (73,00 %) como um diluente hidrofóbico, lactose monohidratada (24,50 %) como um diluente hidrofílico. Conclusão: Todos os resultados do controle de qualidade obtidos atenderam as especificações farmacopeias. Após a padronização de excipientes e compreensão sobre o Sistema de Classificação Biofarmacêutico, baseado neste apanhado literário pode-se dizer que essa metodologia pode ser empregada à fitoterápicos.
Os trabalhos aprovados pela Comissão Científica do I CONQSFAR constituem a presente publicação, ‘Anais do I Congresso de Química aplicada a Saúde e Farmácia’.
Com esta publicação, esperamos contribuir para o fomento do conhecimento científico divulgando pesquisas que venham ao encontro dos desafios e inovações da Química voltadas à Saúde e das Ciências Farmacêuticas.
Comissão Organizadora
Louhana Moreira Rebouças
Emília Maria Alves Santos
Thiago Moreira Melo
Breno Araújo Barbosa
Comissão Científica
Louhana Moreira Rebouças
Emília Maria Alves Santos
Maria do Socorro Pinheiro da Silva
Francisco Maurício Sales Cysne Filho
Pedro Miguel Cruz Sales
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