Muitas plantas silvestres e cultivadas são ricas em elementos minerais e compostos bioativos e utilizadas para fins alimentares e terapêuticos. Os óleos essenciais presentes em muitas espécies vegetais têm importante atividade antioxidante, e estão presente em muitas espécies alimentícias. Essa pesquisa objetivou descrever os aspectos fitoquímicos presente da planta ora-pro-nóbis (OPN), cujo nome científico é Pereskia aculeata Mill. Essa pesquisa possibilitou uma revisão bibliográfica da OPN, destacando seus aspectos fitoquímicos. A busca e a seleção de artigos foram exploradas nas bases de dados MEDLINE (via Pubmed); BVS (Biblioteca Virtual em saúde) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online), com os seguintes descritores: planta medicinal, planta alimentícia, ora-pro-nóbis e Pereskia aculeata. Essa pesquisa foi realizada de fevereiro a outubro de 2020 das quais foram encontradas 814 publicações e destas 62 foram revisadas e 24 selecionados para o estudo. Os resultados demonstram a importância da planta OPN não somente na alimentação mais também com muitos benefícios medicinais. Além da presença do alto teor de proteínas, fibras, minerais, fosforo, vitamina A, B, C e ácido fólico encontramos também óleos essenciais e compostos fenólicos. Os principais terpenos presentes na OPN, foram os sesquiterpenos (44,92%) e acorona (30,0%), além de compostos metil-4,6-hexadecadiene (16,34%), 1-nonadecen-ol (6,18%) e farnesyl acetona (5,70%). Também foram relatados a presença de fitol (29,4%), ácido hexadecanoide (17,4%) e ácido linoleico (12,7%). Além dos terpenos há também grande quantidade de compostos fenólicos na OPN, esses compostos contribuem com potente efeito antioxidante da espécie contribuindo na ação antimicrobiana, antifúngica, cicatrizante, anti-inflamatória e antinociceptivo relacionado a uma ação serotoninérgica na via descendente da modulação da dor de cabeça, inflamação, dor gástrica, melhora da motilidade intestinal e coadjuvante no tratamento e prevenção de cânceres. Não foram verificados nenhuma toxicidade e/ou contraindicações nos estudos com OPN, nem no uso alimentício e nem medicinal. As informações aqui relatadas não apenas corroboram a importância da produção e consumo das folhas de OPN pela população na melhora da nutrição, mas também reforça seu potencial como fonte sustentável bioativos farmacêutico e promissores com ingredientes a serem usados para enriquecimento no consumo e preservação de enfermidades para seus benefícios alimentar e medicinal.
Os trabalhos aprovados pela Comissão Científica do I CONQSFAR constituem a presente publicação, ‘Anais do I Congresso de Química aplicada a Saúde e Farmácia’.
Com esta publicação, esperamos contribuir para o fomento do conhecimento científico divulgando pesquisas que venham ao encontro dos desafios e inovações da Química voltadas à Saúde e das Ciências Farmacêuticas.
Comissão Organizadora
Louhana Moreira Rebouças
Emília Maria Alves Santos
Thiago Moreira Melo
Breno Araújo Barbosa
Comissão Científica
Louhana Moreira Rebouças
Emília Maria Alves Santos
Maria do Socorro Pinheiro da Silva
Francisco Maurício Sales Cysne Filho
Pedro Miguel Cruz Sales
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