A DOR DOS SOBREVIVENTES: ASSISTÊNCIA PSICOLÓGICA E APOIO AO FAMILIAR ENLUTADO DE PERDA POR SUICÍDIO

  • Autor
  • Winthney Paula Souza Oliveira
  • Co-autores
  • Marcio Marinho Magalhães , Francisca Tatiana Dourado Gonçalves
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A Organização Mundial da Saúde sugere que para cada suicídio há, em média, cinco ou seis pessoas próximas que sofrem consequências emocionais, sociais e econômicas causando um luto comprometido e traumático, no qual se verifica maior presença de problemas de saúde como depressão, ansiedade, isolamento social, estresse pôs traumático, abuso de álcool e/ou medicamentos e risco de suicídios. O trauma, por esse tipo de morte, por vezes, torna-se um ciclo de intensa tristeza e maior vulnerabilidade para transtornos mentais, podendo levar a um novo suicídio devido ao intenso sofrimento e dificuldade em lidar com a situação e com os tabus e estigmas sociais que o permeiam, portanto, faz-se necessário cuidados com a saúde mental, através do profissional da psicologia, para que através da assistência, o familiar enlutado, externe seus temores, tristezas e anseios. O auxilio é indispensável para fortalecimento e superação do sobrevivente de maneira significativa.  OBJETIVO: estudar o suicídio, descrevendo os impactos e consequências para o núcleo familiar, abordando a necessidade da assistência psicoterapêutica para contribuir com a elaboração do luto em decorrência ao suicídio e a ressignificação da vida dos familiares enlutados. MATERIAIS E MÉTODOS: Revisão narrativa, compreensiva, com abordagem qualitativa sobre o suicídio, ressaltando os familiares enlutados e a importância do profissional de psicologia para auxílio e superação do luto. Foram pesquisadas as seguintes bases de dados: MEDLINE, PsychInfo e Scielo, referentes ao período de 2010 a 2017. RESULTADOS E DISCUSSÃO:  O Psicólogo atua diretamente na promoção e reestabelecimento da saúde mental, indivíduos que perderam entes queridos em decorrência de suicídio, necessitam expressar e compartilhar seus sentimentos, fragilidades, pois, como se sabe, o suicídio não afeta somente aquele que opta por tirar a sua vida, mas, todas as pessoas que o rodeiam e principalmente seus familiares, que ficam impotentes e devastados frente a essa situação. Estudos apresentam que a ausência da intervenção da equipe de saúde multiprofissional somada ao preconceito da sociedade a qual ignora e julga os familiares neste momento, propicia e contribui para o aumento de casos de suicídio entre os sobreviventes, uma vez que esse passa a se sentir muitas vezes vulnerável e desamparado após o suicídio do familiar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os estudos sinalizam que o familiar sobrevivente se sente culpado, ampliando sua predisposição às disfunções sociais e psicológicas, há um intenso sofrimento emocional, regido por raiva, remorso e vergonha, faz-se necessário intervenções e tratamentos ao ente enlutado, de forma a eliminar tais perturbações e reconduzir a vida de maneira orientada. A psicoterapia e aconselhamento como forma de eliminar o estigma da culpa, redireciona pensamentos e atitudes.  

  • Palavras-chave
  • Suicídio. Luto. Apoio Psicológico
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