INTRODUÇÃO: A Organização Mundial da Saúde sugere que para cada suicídio há, em média, cinco ou seis pessoas próximas que sofrem consequências emocionais, sociais e econômicas causando um luto comprometido e traumático, no qual se verifica maior presença de problemas de saúde como depressão, ansiedade, isolamento social, estresse pôs traumático, abuso de álcool e/ou medicamentos e risco de suicídios. O trauma, por esse tipo de morte, por vezes, torna-se um ciclo de intensa tristeza e maior vulnerabilidade para transtornos mentais, podendo levar a um novo suicídio devido ao intenso sofrimento e dificuldade em lidar com a situação e com os tabus e estigmas sociais que o permeiam, portanto, faz-se necessário cuidados com a saúde mental, através do profissional da psicologia, para que através da assistência, o familiar enlutado, externe seus temores, tristezas e anseios. O auxilio é indispensável para fortalecimento e superação do sobrevivente de maneira significativa. OBJETIVO: estudar o suicídio, descrevendo os impactos e consequências para o núcleo familiar, abordando a necessidade da assistência psicoterapêutica para contribuir com a elaboração do luto em decorrência ao suicídio e a ressignificação da vida dos familiares enlutados. MATERIAIS E MÉTODOS: Revisão narrativa, compreensiva, com abordagem qualitativa sobre o suicídio, ressaltando os familiares enlutados e a importância do profissional de psicologia para auxílio e superação do luto. Foram pesquisadas as seguintes bases de dados: MEDLINE, PsychInfo e Scielo, referentes ao período de 2010 a 2017. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O Psicólogo atua diretamente na promoção e reestabelecimento da saúde mental, indivíduos que perderam entes queridos em decorrência de suicídio, necessitam expressar e compartilhar seus sentimentos, fragilidades, pois, como se sabe, o suicídio não afeta somente aquele que opta por tirar a sua vida, mas, todas as pessoas que o rodeiam e principalmente seus familiares, que ficam impotentes e devastados frente a essa situação. Estudos apresentam que a ausência da intervenção da equipe de saúde multiprofissional somada ao preconceito da sociedade a qual ignora e julga os familiares neste momento, propicia e contribui para o aumento de casos de suicídio entre os sobreviventes, uma vez que esse passa a se sentir muitas vezes vulnerável e desamparado após o suicídio do familiar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os estudos sinalizam que o familiar sobrevivente se sente culpado, ampliando sua predisposição às disfunções sociais e psicológicas, há um intenso sofrimento emocional, regido por raiva, remorso e vergonha, faz-se necessário intervenções e tratamentos ao ente enlutado, de forma a eliminar tais perturbações e reconduzir a vida de maneira orientada. A psicoterapia e aconselhamento como forma de eliminar o estigma da culpa, redireciona pensamentos e atitudes.
Comissão Organizadora
João Victor de Sousa Costa
ADRIANO CORREIA DE SOUSA
Lilyane Andressa Aguiar Morais de Moura
Yllanna Fernanda de Araújo Oliveira
Heloene de Carvalho Lima
Comissão Científica
DIANDRA CAROLINE MARTINS E SILVA
Jessyca Rodrigues Melo
Thaís Marina Chaves Silva
Aryelle Lorrane Da Silva Gois