INTRODUÇÃO: A Hanseníase (HS) é uma afecção bacteriana crônica, infectocontagiosa, com evolução lenta e período de incubação longo, causada pelo Mycobacterium leprae, um bacilo intracelular que possui afinidade por nervos periféricos (SOUSA, et al 2012).Segundo Silva (2010) uma vez que a doença apresenta características típicas como sendo injetável e pode chegar a provocar feridas expostas, ainda existe forte estigma social associado à doença devido ao período em que foi descoberta, em que era caracterizada pelos religiosos como sendo um “castigo divino” e grandes personagens bíblicos citavam a doença nas escrituras como “lepra”. OBJETIVO : Tendo este cenário, o presente trabalho tem como objetivo avaliar o perfil epidemiológico de pacientes diagnosticados com hanseníase em centro de referência na cidade de Teresina-PI, identificando-se o número de casos da doença em relação ao tipo de manifestação clínica. MATERIAL E MÉTODOS : Trata-se de um estudo bibliográfico e de campo, no qual o levantamento bibliográfico foi baseado em buscas no sistema PubMed e Scielo utilizando as palavras chaves: “Hanseníase” “epidemiologia” e “Piauí”. Foram utilizados cerca de 20 artigos, publicados no período de 2010 a 2016. A pesquisa de campo foi realizada na Clínica Maria Imaculada, localizada na Rua 19 de Novembro, 4370, Bairro Real Copagre, Teresina, Piauí, na data: 27 de Abril de 2016, foram colhidos dados como: sexo, idade, números das lesões, diagnóstico confirmatório e tipos de hanseníase, com finalidade de comparar a incidência de casos em 2016 com o Brasil e o mundo. RESULTADOS E DISCUSSÕES : Se apresenta de duas formas distintas, a paucibacilar e a multibacilar , a primeira gera menos de cinco lesões de pele e acomete um tronco nervoso; a segunda gera cinco ou mais lesões de pele e acomete mais de um tronco nervoso. manifestações clínicas Hanseníase indeterminada: forma inicial, evolui espontaneamente para a cura na maioria dos casos e para as outras formas da doença em cerca de 25% dos casos. CONCLUSÃO: Os resultados desta pesquisa revelaram que o número de casos confirmados entre os anos de 2015 e 2016 no Centro Maria Imaculada são alarmantes (50 casos), o que revela que as pessoas tem procurado ajuda e auxílio para o diagnóstico e tratamento. Fatores como o longo tempo de tratamento e recusa ao abandono de vícios como drogas lícitas e ilícitas mostraram-se os principais interferentes para a realização do tratamento eficaz. Portanto, é evidente que o diagnóstico precoce da hanseníase, bem como o não abandono do tratamento torna-o eficaz e pode levar à cura.
Comissão Organizadora
João Victor de Sousa Costa
ADRIANO CORREIA DE SOUSA
Lilyane Andressa Aguiar Morais de Moura
Yllanna Fernanda de Araújo Oliveira
Heloene de Carvalho Lima
Comissão Científica
DIANDRA CAROLINE MARTINS E SILVA
Jessyca Rodrigues Melo
Thaís Marina Chaves Silva
Aryelle Lorrane Da Silva Gois