AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DE POLPAS DE CAJÁ COMERCIALIZADAS NO MUNICIPIO DE PICOS, PIAUÍ

  • Autor
  • Jucianne Martins Lobato
  • Co-autores
  • Natália Quaresma Costa
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: O cajá é um fruto bastante consumido no Nordeste, na forma in natura e, nas outras regiões do país, na forma de polpa. Embora exista expectativa de desenvolvimento e expansão de seu cultivo, seus frutos são bastante perecíveis, havendo a necessidade de seu processamento para aumentar sua vida útil. A maneira mais utilizada para armazenar a polpa do cajá, pela indústria alimentícia é congelando-a imediatamente após a extração. Os parâmetros como acidez titulável e pH no controle de qualidade são importantes para a padronização do produto e análise de alterações ocorridas durante processamento e armazenamento. OBJETIVO: Caracterizar físico-quimicamente as polpas de cajá comercializadas no municipio de Picos/PI e verificar se estão em conformidade com a legislação vigente. MATERIAIS E MÉTODOS: Este estudo foi desenvolvido no Laboratório de Bioquímica de Alimentos do Departamento de Nutrição, da Universidade Federal do Piauí-UFPI, Picos-PI. Utilizou-se amostras de três marcas diferentes de polpas de cajá, em triplicata e realizou-se a média dos resultados. Para determinação de pH diluiu-se 100g de polpa de cajá em 300 mL de água estilada e fez-se a homogeneização da polpa com o bastão de vidro. O pH foi medido com o auxílio do pHmetro. Para a acidez transferiu 10mL de hidróxido de sódio para o erlenmeyer  com a amostra.  Adicionou-se 30mL de água destilada, fez-se a homogeneização e adicionou-se 2 gotas de fenolftaleína em cada solução preparada e titulou-se com uma solução de NaOH 0,1 N padronizada até ser atingida uma coloração levemente rósea. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na análise do pH da polpa de cajá foi encontrado o teor médio de 3,0, sendo que em estudos com resultados semelhantes os valores de pH variaram de 2,53 a 2,99 enquanto, que em alguns relataram um valor de 4,16. Para a polpa de cajá, a legislação vigente estipula os valores mínimos de 2,2 para pH e 0,90% para acidez total, conforme os padrões de identidade e qualidade, não constando o valor máximo. A partir da titulação da polpa de cajá obteve-se uma acidez de 1,13%, valores próximos foram encontrados por outros estudos (1,32 e 1,60). Observou-se que o valor encontrado para acidez titulável encontra-se no teor permitido pela legislação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Concluiu-se que em relação ao pH e a acidez, as polpas de cajá analisadas atenderam a legislação brasileira, porém apesar destes resultados é imprescindível o monitoramente no processamento de polpas de frutas para garantia da segurança alimentar ao consumidor.

  • Palavras-chave
  • Cajá, análise físico-química, armazenamento
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