Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a adolescência compreende a faixa etária de 10 a 19 anos. Trata-se de um período de transição entre infância e vida adulta, marcado por intensas modificações físicas, psicológicas e sociais. Obter conhecimento sobre alimentação saudável e ainda possuir hábitos alimentares saudáveis possuem grande importância para o pleno potencial de crescimento e desenvolvimento, podendo ainda prevenir doenças que poderiam surgir na fase adulta. O objetivo deste trabalho foi verificar conhecimento nutricional de adolescentes, descrever as condições socioeconômicas. Esta pesquisa trata-se de um estudo transversal, descritivo com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 42 alunos regularmente matriculados no 8º ano, com idade entre 12 e 15 anos. Esta pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em pesquisa (CEP) da Faculdade Santo Agostinho, onde foi avaliada e aprovada. Foi entregue à instituição de ensino fundamental o documento requerendo a autorização para aplicação do mesmo na escola. A participação dos adolescentes na pesquisa foi voluntaria e autorizada por eles através da assinatura do termo de assentimento, e ainda autorizada pelos responsáveis através da leitura e assinatura do termo de consentimento, para então responder o questionário. Foi utilizado um questionário socioeconômico e um com perguntas relacionadas ao conhecimento nutricional. A escala escolhida para mensuração do conhecimento nutricional neste estudo foi à desenvolvida por Harnacket al. (1997) e, posteriormente traduzida, adaptada e validada para o Brasil por Scagliusiet al. (2006). O questionário foi aplicado no turno vespertino em horário de aula, no período de maio de 2017. O tempo para aplicação do questionário foi de aproximadamente 30 minutos por pessoa. A amostra foi de 83,3% do sexo feminino (N= 35) e 16,7 % do sexo masculino (N= 7). Em relação ao grau de escolaridade materna 2,1% (n=1) não estudaram, 38,1% (N=16) concluíram o ensino fundamental, 35,7%(N=15) concluíram ensino médio e 23,8% (N=10) possuem ensino superior, ou seja, cerca de 76,2% das mães não possuem ensino superior, onde 38,1% possui nível de escolaridade inferior ao ensino médio. Quanto à escolaridade paterna, 9,5 % (N=4) não estudaram, 26,2% (N= 11) concluíram o ensino fundamental, 50% (N=21) concluíram o ensino médio e 14,3% (N=6) possuem ensino superior, sendo assim, observamos o baixo nível de escolaridade dos mesmos. Com relação à renda familiar 90,82% referiu em sua casa possuir de nenhuma renda a três salários mínimos. De acordo com a pontuação do QCN, no sexo feminino 93,3% (N= 12) apresentou baixo conhecimento nutricional, 84,6%( n= 22) moderado e 33,3% (n= 1) alto e no sexo masculino apresentou baixo conhecimento nutricional 7,7 % (N=1), moderado 15,4% (N=4) e alto 66,7% (N=2). Concluímos que o publico avaliado apresentou algum conhecimento sobre alimentação saudável, entretanto esse conhecimento é considerado insuficiente, pois de acordo com os resultados obtidos, a grande maioria apresentou baixo e moderado conhecimento nutricional. O estudo possibilitou verificar que o conhecimento sobre alimentação saudável faz-se necessário, e este pode ser alcançado através de orientação e ensino nas escolas para esse grupo de pessoas, pois ações educativas são indispensáveis.
Comissão Organizadora
João Victor de Sousa Costa
ADRIANO CORREIA DE SOUSA
Lilyane Andressa Aguiar Morais de Moura
Yllanna Fernanda de Araújo Oliveira
Heloene de Carvalho Lima
Comissão Científica
DIANDRA CAROLINE MARTINS E SILVA
Jessyca Rodrigues Melo
Thaís Marina Chaves Silva
Aryelle Lorrane Da Silva Gois