QUALIDADE DE VIDA EM MULHERES VIVENDO COM HIV/AIDS: uma análise de gênero

  • Autor
  • Marcos Vitor Batista de Oliveira
  • Co-autores
  • Francisco Braz Milanez Oliveira , Iveth Vargas Ribeiro Araújo
  • Resumo
  • Introdução: O termo qualidade de vida (QV) não se restringe àqueles que vivem com o HIV/AIDS, ou seja, aos considerados como “soro positivos”. A referida terminologia diz respeito a uma gama de aspectos biológicos, sociológicos, culturais, inclusive de gênero. Objetivo Geral: O objetivo geral da pesquisa consiste em estabelecer uma análise sobre a qualidade de vida de mulheres que vivem com o vírus HIV/AIDS. Metodologia: Metodologicamente, trata-se de um estudo descritivo, exploratório, transversal de abordagem quantitativa desenvolvido com 146 pessoas que vivem com HIV/AIDS em atendimento clínico e ambulatorial, desenvolvido em um Serviço de Assistência Especializado (SAE) de um Centro Integrado de Saúde em Teresina - Piauí. Os dados constituem um recorte da Dissertação intitulada de Avaliação da Qualidade de Vida em Pessoas Vivendo com HIV/AIDS, na qual a coleta de dados foi realizada durante o período de agosto/2013 a dezembro/2013 por graduandos (auxiliares de pesquisa) e pelo mestrando do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Para análise estatística, os dados foram digitados com a utilização do Software Statistical for Social Science (SPSS) versão 19.0. Resultados: Por meio dos dados obtidos, observou-se que 33% dos sujeitos do estudo eram do gênero feminino, com média de idade entre 19 e 39 anos (61%), baixa escolaridade do gênero feminino onde 54,7% não concluíram ensino fundamental, 76% se declararam não brancos, não praticavam religião (56,8%). Dentre as variáveis associaram-se à Qualidade de Vida do gênero, a saber: baixa escolaridade, não praticar religião, sem ocupação remunerada, com renda per capita menor que 1 (um) salário mínimo, com história de etilismo e de tabagismo. Destes, os preditores positivos mais fortemente associados com os domínios de QV em relação ao gênero foi: ter renda per capita maior que 1SM, praticar religião, ter ocupação remunerada e aderir o tratamento, enquanto os preditores associados negativamente diminuindo a QV do gênero feminino foi: orientação homossexual e heterossexual também, tabagismo, etilismo e uso de drogas ilícitas. Conclusão: Posto isso, conclui-se que este estudo identificou diversas variáveis que influenciaram na QV do gênero feminino das PVHA, oferecendo importante contribuição para a equipe de saúde, pois fornece subsídios para compreender melhor multidimensionalidade dos fatores influenciadores da QV, bem instrumentalização da assistência prestada pela equipe multidisciplinar, em especial a de enfermagem.

  • Palavras-chave
  • Palavras-chave: HIV/AIDS. Qualidade de Vida. Gênero. Enfermagem.
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