Introdução: O termo qualidade de vida (QV) não se restringe àqueles que vivem com o HIV/AIDS, ou seja, aos considerados como “soro positivos”. A referida terminologia diz respeito a uma gama de aspectos biológicos, sociológicos, culturais, inclusive de gênero. Objetivo Geral: O objetivo geral da pesquisa consiste em estabelecer uma análise sobre a qualidade de vida de mulheres que vivem com o vírus HIV/AIDS. Metodologia: Metodologicamente, trata-se de um estudo descritivo, exploratório, transversal de abordagem quantitativa desenvolvido com 146 pessoas que vivem com HIV/AIDS em atendimento clínico e ambulatorial, desenvolvido em um Serviço de Assistência Especializado (SAE) de um Centro Integrado de Saúde em Teresina - Piauí. Os dados constituem um recorte da Dissertação intitulada de “Avaliação da Qualidade de Vida em Pessoas Vivendo com HIV/AIDS”, na qual a coleta de dados foi realizada durante o período de agosto/2013 a dezembro/2013 por graduandos (auxiliares de pesquisa) e pelo mestrando do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Para análise estatística, os dados foram digitados com a utilização do Software Statistical for Social Science (SPSS) versão 19.0. Resultados: Por meio dos dados obtidos, observou-se que 33% dos sujeitos do estudo eram do gênero feminino, com média de idade entre 19 e 39 anos (61%), baixa escolaridade do gênero feminino onde 54,7% não concluíram ensino fundamental, 76% se declararam não brancos, não praticavam religião (56,8%). Dentre as variáveis associaram-se à Qualidade de Vida do gênero, a saber: baixa escolaridade, não praticar religião, sem ocupação remunerada, com renda per capita menor que 1 (um) salário mínimo, com história de etilismo e de tabagismo. Destes, os preditores positivos mais fortemente associados com os domínios de QV em relação ao gênero foi: ter renda per capita maior que 1SM, praticar religião, ter ocupação remunerada e aderir o tratamento, enquanto os preditores associados negativamente diminuindo a QV do gênero feminino foi: orientação homossexual e heterossexual também, tabagismo, etilismo e uso de drogas ilícitas. Conclusão: Posto isso, conclui-se que este estudo identificou diversas variáveis que influenciaram na QV do gênero feminino das PVHA, oferecendo importante contribuição para a equipe de saúde, pois fornece subsídios para compreender melhor multidimensionalidade dos fatores influenciadores da QV, bem instrumentalização da assistência prestada pela equipe multidisciplinar, em especial a de enfermagem.
Comissão Organizadora
João Victor de Sousa Costa
ADRIANO CORREIA DE SOUSA
Lilyane Andressa Aguiar Morais de Moura
Yllanna Fernanda de Araújo Oliveira
Heloene de Carvalho Lima
Comissão Científica
DIANDRA CAROLINE MARTINS E SILVA
Jessyca Rodrigues Melo
Thaís Marina Chaves Silva
Aryelle Lorrane Da Silva Gois