INTRODUÇÃO. Atualmente a Atenção Primária em Saúde (APS) ainda enfrenta alguns problemas nas unidades básicas de saúde (UBS) como os sistemas fragmentados, isolados e intransmissível e que dificilmente prestam uma atenção continuada, longitudinal e integral aos seus usuários, funcionando com ineficiência, improdutividade e inefetividade, gerando baixa qualidade no serviço. Com isso surge um novo processo, a Planificação, com o objetivo de reorganizar os processos de trabalho e fortalecer a APS em redes de saúde. OBJETIVO. Descrever o processo de planificação e seus benefícios na APS. MATERIAIS E MÉTODOS. Trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa, realizada através de busca nas bases de dado online LILACS, SciELO e MEDLINE, de estudos publicados entre os anos de 2007 à 2017, disponíveis nas línguas portuguesa e inglesa, os descritores utilizados para a pesquisa foram: atenção primária em saúde, planificação, redes de atenção à saúde, saúde pública e planejamento em saúde. Os descritores foram mesclados através dos conectivos AND e OR para formar os termos de busca. RESULTADO E DISCUSSÃO. Foram analisados 87 estudos, contudo apenas 17 foram incluídos na presente revisão. Nesta nova conformação de organização a APS se torna a coordenadora e ordenadora do cuidado. Tal processo de organização do cuidado em lógica de rede, exige um planejamento estratégico, participativo e territorial onde toda a equipe da APS participa. A metodologia empregada pela planificação consiste na realização de mudanças nos processos de trabalho in loco, dentre eles estão os macroprocessos, como territorialização, re-mapeamento, cadastramento do território, utilização do prontuário eletrônico e do e-SUS, entre outros. E os microprocessos que são a organização da recepção da UBS, reuniões internas, gerenciamento, a utilização dos processos operacionais padrão, bloco de horas, fluxo da UBS, dentre outros. Durante o processo de imoplementação da planificação haverá reuniões com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e com os tutores onde serão estabelecidos as próximas metas e tarefas a serem desenvolvidas até que todos os processos estejam organizados e operantes em concordância com a rede e os outros níveis de atenção. CONSIDERAÇÕES FINAIS. Com a implementação da planificação na APS é possível a participação e mobilização das equipes que compõe a APS para que os processos de trabalho sejam qualificados e eficazes. A Planificação não é de compromisso somente dos trabalhadores de saúde que estruturam a APS mas também dos gestores e da própria população. Ainda há muito a ser desenvolvido, sugere-se então, que novos estudos sobre o tema sejam desenvolvidos.
Comissão Organizadora
João Victor de Sousa Costa
ADRIANO CORREIA DE SOUSA
Lilyane Andressa Aguiar Morais de Moura
Yllanna Fernanda de Araújo Oliveira
Heloene de Carvalho Lima
Comissão Científica
DIANDRA CAROLINE MARTINS E SILVA
Jessyca Rodrigues Melo
Thaís Marina Chaves Silva
Aryelle Lorrane Da Silva Gois