Introdução: Nos últimos anos, o stress ocupacional tem sido uma área muito debatida no domínio da investigação científica, devido aos custos e efeitos ao nível individual e organizacional. Com isso, surgiu uma maior preocupação com a saúde e bem estar dos indivíduos que exercem atividades em organizações de saúde. Uma das consequências geradas ao aparelho psíquicofisiológico dos trabalhadores, resulta na síndrome de Burnout (SB), que corresponde a respostas emocionais, físicas e situações de estresse crônico. A síndrome de burnout é entendida como um processo constituído por três dimensões: Exaustão Emocional (EE), Realização Profissional (RP), Despersonalização (DE). A "Exaustão Emocional" é caracterizada pela falta ou carência de energia, entusiasmo e por sensação de esgotamento. Na "Realização Profissional" o trabalhador tende em se autoavaliar de forma negativa. Já a "Despersonalização" faz com que o profissional passe a tratar os clientes/pacientes de maneira desprezível. Objetivos: abordar a síndrome de Burnout na equipe multiprofissional, associado com os três componentes da escala de Burnout, identificando características e meios preventivos. Materiais e Métodos: Esse trabalho foi elaborado a partir de uma revisão bibliográfica descritiva realizada por meio de pesquisa na literatura cientifica nas bases de dados eletrônicas Medline, Lilacs e Scielo. Publicados nas línguas, espanhol e português, nos período de 2004 a 2016. Sendo incluídos artigos completos que abordasse a temática em questão, os demais, que não apresentavam fundamentação cientifica e que buscava síndrome em profissionais de outras áreas, foram excluídos. Concluindo em 19 artigos selecionados. Resultados e Discussão: A síndrome de burnout tem sido identificada com impacto negativo no bem-estar físico e mental dos profissionais atuantes na área de saúde. Manifestando-se através de diversas classes sintomatológicas, sendo: física, psíquica, comportamental e defensiva. A insensibilidade emocional do profissional, com prevalência de condutas de dissimulação afetiva, é uma reação imediata após a instalação do cansaço, caracterizando assim a despersonalização, trazendo como consequência a baixa realização profissional e pessoal, à insatisfação e ao desânimo com o trabalho.Existem inúmeras formas para ocasionar sentimento de impotência e exaustão emocional, como o excesso de trabalho que pode produzir gradualmente o estresse emocional e físico, reduzindo sua energia no que diz respeito à eficiência, saúde e bem-estar. O número reduzido de profissionais com a demanda de trabalho elevada e a insatisfação com o salário, agrava ainda mais a situação, levando os profissionais a possuir outro vínculo empregatício com consequente aumento na carga horária mensal. Nessa perspectiva, no que se refere às intervenções a nível individual, várias estratégias cognitivo-comportamentais parecem úteis para melhorar as habilidades de enfrentamento e redução de burnout. Conclusão: A Síndrome de Burnout decorre de altos níveis de tensão e desgaste no trabalho. Estratégias individuais e organizacionais são fundamentais para que medidas de prevenção e promoção a saúde sejam implementadas para combater a síndrome e/ou minimizar seus efeitos desenvolvendo qualidades mais positivas, tais como gratidão e satisfação no trabalho.
Comissão Organizadora
João Victor de Sousa Costa
ADRIANO CORREIA DE SOUSA
Lilyane Andressa Aguiar Morais de Moura
Yllanna Fernanda de Araújo Oliveira
Heloene de Carvalho Lima
Comissão Científica
DIANDRA CAROLINE MARTINS E SILVA
Jessyca Rodrigues Melo
Thaís Marina Chaves Silva
Aryelle Lorrane Da Silva Gois