ENVELHECER COM SAÚDE: uma análise da terapêutica medicamentosa em doenças crônicas

  • Autor
  • Ianeska Barbara Ribeiro do Nascimento
  • Co-autores
  • Francidalma Soares Sousa Carvalho Filha , Najra Danny Pereira Lima , Marcus Vinicius da Rocha Santos da Silva , Janderson Castro dos Santos , Franc-Lane Sousa Carvalho do Nascimento
  • Resumo
  • RESUMO

    Introdução: O envelhecimento populacional constitui a mais importante mudança demográfica observada atualmente tanto em países desenvolvidos, quanto em desenvolvimento. Uma importante consequência do envelhecimento da população é um significativo aumento da carga de doenças cardiovasculares, que constituem as causas mais frequentes de óbito da população idosa. Dentre os agravos mais importantes da população idosa, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM) são as mais prevalentes e que mais causam complicações. Objetivo: avaliar a adesão de idosos cadastrados no programa HiperDia ao tratamento da Hipertensão e do Diabetes usando o teste de Morisky e Green. Metodologia: Realizou-se um estudo avaliativo, com abordagem quantitativa, em Balsas-MA. Os participantes do estudo foram 294 idosos cadastrados no Programa de Hipertensão Arterial e Diabetes (HiperDia). A coleta de dados ocorreu mediante aplicação de um questionário e também pela realização do Teste de Morisky e Green, que avalia a adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso. Os dados foram consolidados por meio das técnicas de estatísticas descritivas, procedendo-se a discussão dos achados com base na literatura produzida sobre o tema. Resultados: Verificou-se que 60,3% estão na faixa etária de 60 a 70 anos; 58,5% do sexo feminino; 37,8% são no máximo alfabetizados; 77,9% utilizam até duas drogas por dia e 58,8% não apresentaram adesão ao tratamento medicamentoso em relação ao Teste de Morisky e Green. Corroborando esses achados, Carvalho et al. (2012) que também realizaram uma investigação em Teresina-PI, aplicando o Teste de Morisky-Gren, constataram que o esquecimento e o atraso no uso dos medicamentos foram as principais causas para não adesão à terapêutica, sendo estes comportamentos involuntários, relativamente simples de serem resolvidos, quando comparados às atitudes intencionais. Em um estudo descritivo, realizado por Dosse et al. (2009) com 68 hipertensos em um grupo de Hipertensão Arterial do Hospital-Escola da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – SP, de acordo com o preconizado no teste de Morisky-Green, mostrou que 86,93% dos pacientes apresentaram pontuação menor ou igual a 3, constatando-se a não adesão ao tratamento medicamentoso. Em consonância com Dourado et al., (2011), dentre os principais motivos para a não adesão ao tratamento medicamentoso, podem ser citadas o esquecimento, a ausência de sintomas e a desmotivação, dentre outros. Os resultados obtidos indicam baixa adesão ao tratamento anti-hipertensivo e sugerem a implantação de estratégias que facilitem uma melhor adesão às medidas de controle da doença. Conclusões: a falta de adesão ao tratamento medicamentoso pode trazer sérios riscos à vida e à saúde desses idosos, levando a danos e complicações muitas vezes irreversíveis, por isso, urge a necessidade de implementação de um programa permanente de educação em saúde, com vistas a se impulsionar a adesão e minimizar fatores de riscos, sobretudo cardiovasculares, renais e cerebrais e o (a) enfermeiro (a) apresenta-se como um profissional essencial nessa empreitada, já que, de modo geral, (re) conhece cada usuário da área de adscrição e exerce boa influência e persuasão na consecução de melhores resultados nos tratamentos de seus pacientes.

     

  • Palavras-chave
  • Hipertensão, Diabetes, Enfermagem.
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