INTRODUÇÃO: A desnutrição infantil, um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, por afetar diretamente o crescimento e desenvolvimento, sendo responsável por grande parte dos óbitos em menores de cinco anos, caracteriza-se como uma condição clínica, na qual são ingeridas quantidades insuficientes de nutrientes capazes de suprir as necessidades energéticas e metabólicas do organismo, podendo ter como causas fatores primários: socioeconômico, aleitamento ineficaz, negligência e fatores secundários: razões fisiopatológicas que impedem a ingestão e absorção dos alimentos ou aumento das necessidades alimentares. A desnutrição pode ser classificada em leve, com percentil entre 10 e 25% abaixo do peso médio normal para a idade; moderada, déficit situado entre 25 e 40% e grave, perda de peso ? a 40%. A desnutrição grave é uma desordem de natureza tanto medica quanto social, apresentando-se sob três formas clínicas: Marasmo, deficiência proteico-calórica, evidenciada por atrofia muscular e subcutânea, retardo no crescimento e apatia; Kwashiorkor, grave deficiência protéica, tipificada por hepatomegalia, anasarca, infecções e lesões de pele e Kwashiorkor-marasmático, com sintomas comuns às duas formas clínicas. Dentro desta perspectiva, a enfermagem tem papel fundamental na assistência à criança desnutrida, desde a fase uterina, contribuindo assim, para a promoção da saúde e crescimento saudável. OBJETIVO: Investigar as intervenções a serem prestados pela equipe de enfermagem frente à desnutrição infantil grave. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, descritiva e analítica, para tal, estrutura-se pesquisa com foco na literatura das bases de dados: SCILEO, MEDLINE e BVS, referentes aos últimos dez anos. RESULTADOS E DISCURSÕES: Os resultados obtidos na literatura mostraram que mesmo com a redução da desnutrição infantil, está ainda é um problema em países em desenvolvimento, onde se faz necessária uma atuação multiprofissional, atribuindo-se ao enfermeiro como partícipe deste processo, uma ação sistematizada e dinâmica, por meio de práticas assistenciais de estímulo à puericultura, imunização, consultas de enfermagem e visitas domiciliares direcionadas ao acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, estímulo ao aleitamento materno, atividades de educação alimentar, prevenção da desnutrição intrauterina, promoção do acesso aos serviços de saúde, capacitação da equipe para avaliação do risco de desnutrição infantil e reconhecimento precoce de problemas nutricionais, orientação quanto ao uso da alimentação alternativa, prescrição de sulfato ferroso profilático, dentre outras, tendo assim, condutas de grande importância na assistência à criança. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A desnutrição nos primeiros anos de vida, evidenciada por indicadores antropométricos, constitui-se como um dos maiores impasses da saúde pública, estando, associada a doenças infecciosas, prejuízo psicomotor, baixo aproveitamento escolar, diminuição da capacidade produtiva durante na vida adulta e maior índice de mortalidade. Sendo necessária a participação da enfermagem como membro da equipe multiprofissional, atuando na prevenção, detecção e tratamento da desnutrição, conforme a legislação vigente (Portaria 272 e Resolução 63 do Ministério da Saúde), conclui-se que é responsabilidade da enfermagem reconhecer as limitações vividas pela comunidade atendida, e assim, ser capaz de aplicar o conhecimento disponível, minimizando adversidades e promovendo a saúde.
Comissão Organizadora
João Victor de Sousa Costa
ADRIANO CORREIA DE SOUSA
Lilyane Andressa Aguiar Morais de Moura
Yllanna Fernanda de Araújo Oliveira
Heloene de Carvalho Lima
Comissão Científica
DIANDRA CAROLINE MARTINS E SILVA
Jessyca Rodrigues Melo
Thaís Marina Chaves Silva
Aryelle Lorrane Da Silva Gois