INTRODUÇÃO: A atividade física é uma pratica essencial para a saúde e bem-estar do ser humano que visa um estilo de vida saudável. A importância dada à imagem corporal vem fortemente impondo a esses indivíduos uma preocupação exacerbada, dedicando horas de seus dias em práticas esportivas. Esse comportamento pode estar ligado à vigorexia, que é uma distorção na imagem corporal. Onde indivíduos que apresentam esta distorção preocupam-se com o fato de não se sentirem musculosos o suficiente, apesar de apresentarem um corpo mais musculoso que o comum. OBJETIVO: Avaliar o estado nutricional e verificar índices de vigorexia em praticantes de musculação, das academias da cidade de Caxias-MA. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional, de corte transversal, realizado em três academias localizadas na zona urbana de Caxias-MA. Sendo aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da Faculdade de Ciência e Tecnologia do Maranhão – FACEMA, sob seguinte número de Caaae 54103816.0.0000.8007, e número de parecer 1.714.796. Onde a amostra foi de 46 praticantes de atividade de musculação, de ambos os sexos com média de idade de 24,8 ± 5,97 anos. Os indivíduos responderam ao questionário contendo perguntas sobre o perfil socioeconômico, dados clínicos, hábitos de hidratação durante o exercício, foram ainda verificados seu peso e altura. Para a identificação da vigorexia, utilizou-se um instrumento de medida de dismorfia muscular, desenvolvido e validado por Pope (2000), constando um questionário com 13 perguntas contendo 3 assertivas cada um. Onde foi escolhido pelas pessoas analisadas a assertiva que mais se aproximava de sua realidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Diante das pessoas analisadas foram classificadas de acordo com o seu estado nutricional, desde magreza de grau III, eutrofia a obesidade grau III. A avaliação do estado nutricional demonstrou que os desportistas apresentaram peso médio de (66,39 kg ± 13,24 kg) e estatura média de (1,69m ± 0,11 m). Por meio de Índice de massa corporal, observou-se que 69,6% estavam eutróficos, sem diferença significativa entre os sexos. Em relação ao percentual de gordura corporal (%G), 45,7% apresentaram quantidades acima da média, sendo que a maioria dos participantes do sexo masculino (n=15), 60% mostraram valores abaixo da média. Em relação ao questionário complexo de Adônis, identificou-se que 50,0% da amostra não possuem o transtorno e 37,0% sendo classificada como “Grau leve” de desenvolvimento da dismorfia muscular. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que mais da metade dos praticantes de atividade física apresentaram eutrofia sem diferença significativa entre os sexos. Porém o percentual de gordura corporal, da maioria estava acima da média na amostra total, havendo diferença significativa entre os sexos, com predomínio de percentual de gordura elevado no sexo feminino. Em relação a vigorexia ou complexo de Adônis nesse estudo não apresentou prevalência elevada visto que a metade da amostra não possui o transtorno, porém um percentual considerável de praticantes foi classificado como “Grau leve”. Portanto é importante que os profissionais da área esportiva, educadores físicos, nutricionistas dentre outros, possam aproveitar desse tipo de informação para melhorar a compreensão e identificação desses transtornos em praticantes de atividade física.
Comissão Organizadora
João Victor de Sousa Costa
ADRIANO CORREIA DE SOUSA
Lilyane Andressa Aguiar Morais de Moura
Yllanna Fernanda de Araújo Oliveira
Heloene de Carvalho Lima
Comissão Científica
DIANDRA CAROLINE MARTINS E SILVA
Jessyca Rodrigues Melo
Thaís Marina Chaves Silva
Aryelle Lorrane Da Silva Gois