O ambiente laboral possui uma grande influência sobre a saúde dos trabalhadores, pois oferece uma grande variedade de riscos aos profissionais, especialmente a equipe de enfermagem por prestar assistência direta e indireta aos pacientes e devido aos procedimentos que realizam. Esse estudo objetivou avaliar os riscos ocupacionais aos quais estão submetidos profissionais de enfermagem de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Caxias-MA. Para realização do estudo, contou-se com a colaboração de 24 trabalhadores lotados no quadro contratual de pessoal de enfermagem no setor da instituição. A coleta de dados deu-se através da aplicação de um questionário, elaborado pela própria pesquisadora, composto de dez perguntas fechadas, dividindo-se em três partes: características sociodemográficas, riscos ocupacionais e medidas preventivas. Com relação às características sociodemográficas, 37,5% eram enfermeiros, 54,2% técnicos de enfermagem e 8,3% auxiliares de enfermagem. A maior parte dos profissionais era do sexo feminino (83,3%), com faixa etária de 30 a 39 anos (54,2%), em sua maioria casados (54,2%), com ensino superior completo (20,8%) e renda de até três salários mínimos (66,6%), 41,7% trabalhava semanalmente de 31 a 40 horas e 58,3% possuía mais de um vínculo empregatício. Os principais riscos encontrados foram:contato com doenças infecciosas (100,0%), acidentes com perfurocortantes (95,8%),contato com produtos químicos (95,8%),contato com fluidos (87,5%), contato com sangue (83,3%), posturas incorretas (70,8%), tensão/estresse com pacientes (62,5%), ruídos (58,3%), equipamentos inadequados no local de trabalho (58,3%), iluminação inadequada (54,2%), ambiente estressante (54,2%) e sobrecarga de trabalho (45,8%). A respeito das medidas preventivas, 83,3% dos trabalhadores relataram que não havia presença de treinamentos e capacitações, 100,0% dos profissionais referiram fazer uso dos equipamentos de proteção individual, sendo que 79,2% o utilizam em todos os atendimentos realizados, principalmente, as máscaras (100,0%), luvas (100,0%) e vestimenta de trabalho (75,0%). Diante dos resultados, observa-se a necessidade da realização de capacitações com a equipe, focando na prevenção dos riscos e formas de proteção, além de acompanhamento psicológico e incentivo a ergonomia, com o intuito de reduzir as lesões físicas e cognitivas nesse ambiente.
Comissão Organizadora
João Victor de Sousa Costa
ADRIANO CORREIA DE SOUSA
Lilyane Andressa Aguiar Morais de Moura
Yllanna Fernanda de Araújo Oliveira
Heloene de Carvalho Lima
Comissão Científica
DIANDRA CAROLINE MARTINS E SILVA
Jessyca Rodrigues Melo
Thaís Marina Chaves Silva
Aryelle Lorrane Da Silva Gois