INTRODUÇÃO: O vírus da imunodeficiência humana (HIV) em virtude de seu caráter pandêmico representa um grave problema para a saúde publica. A Aids é o resultado da infecção pelo vírus chamado vírus da imunodeficiência humana. Na atualidade, a transição epidemiológica da infecção do HIV, caminha para a intensificação dos processos de feminização, heterossexualização, interiorização, pauperização e juvenização. Com isso, a feminização veio acompanhada por um número aumentado de crianças atingidas por meio da transmissão vertical. Nessa perspectiva é fundamental o conhecimento da realidade epidemiológica dessa população sirva como subsídio para profissionais da saúde planejar ações focalizadas a esse público-alvo a fim de prevenir a transmissão vertical. OBJETIVO: Analisar o perfil clinico e epidemiológico de gestantes infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo transversal, através de uma abordagem quantitativa. Realizado no município de Caxias-MA, através dos dados secundários disponibilizados pela vigilância epidemiológica, obtidos através sistema de informação agravo e notificação, referente aos dados de HIV em gestantes notificados no período de 2008 a 2016, em residentes do município. RESULTADOS: Foram identificadas 42 mulheres gestantes com HIV no município de Caxias. As gestantes estudadas eram jovens, com faixa etária entre 16 e 36 anos, e média de 23,4 anos. Sendo a faixa etária mais prevalente 27 anos em 14,3% (n=6) , seguido da faixa etária de 25 anos com 11,9% (n=5),. Quanto a raça/cor o HIV foi mais prevalente em gestante da cor parda com 66,7% (n=28) dos casos, seguido das cores preta e parda, ambas com 16,7% dos casos (n=7). No que diz respeito a escolaridade, foi prevalente em mulheres com o ensino fundamental incompleto com 45,2% dos casos (n= 19). Verificou-se ainda, quanto à ocupação que as gestante apresentaram prevalentemente a ocupação dona de casa (do lar) com 57, 1%dos casos ( n= 24). Quanto a zona de residência constatou-se que as gestantes com HIV é mais prevalente na zona urbana com 66,7% dos casos (n=28) . Quando analisado o período gestacional no momento do diagnostico 54, 8% foram diagnosticas no terceiro trimestre gestacional (n=23). No que diz respeito ao uso de anti-retroviral na gestação , 47,6% dos casos fizeram uso( n=20) . Quanto aos tipos de partos realizados em gestantes com HIV , verificou-se a prevalência de parto por cesariana eletiva correspondendo a 33,3% (14 )dos casos. CONCLUSÃO: O HIV foi prevalente em gestantes jovens, com baixa escolaridade, donas de casa, residentes da zona urbana, tendo o diagnostico do HIV prevalente durante o pré-natal. Destaca-se a limitação do estudo ao utilizar fonte de dados secundários, com prováveis subnotificações e incompletudes no preenchimento das fichas. Assim, é necessário disponibilizar investimentos em capacitação dos profissionais de saúde para notificar os casos. Contudo, ser necessário conhecer o perfil da gestante soropositiva visando planejar ações que favoreçam a assistência; proporcionando a prevenção e/ ou a redução do risco da transmissão vertical.
Comissão Organizadora
João Victor de Sousa Costa
ADRIANO CORREIA DE SOUSA
Lilyane Andressa Aguiar Morais de Moura
Yllanna Fernanda de Araújo Oliveira
Heloene de Carvalho Lima
Comissão Científica
DIANDRA CAROLINE MARTINS E SILVA
Jessyca Rodrigues Melo
Thaís Marina Chaves Silva
Aryelle Lorrane Da Silva Gois