PREVALÊNCIA DE SÍFILIS GESTACIONAL EM UM MUNICÍPIO DO LESTE MARANHENSE

  • Autor
  • Hayla Nunes da Conceição
  • Co-autores
  • Helayne Cristina Rodrigues , Beatriz Alves de Albuquerque , Letícia de Almeida da Silva , Francielle Borba dos Santos , Joseneide Teixeira Câmara
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A sífilis é uma doença infecciosa, causada pela bactéria Treponema pallidum, cuja transmissão se dá geralmente por via sexual, mas que também pode ser transmitida por outras vias, como a transplacentária. A sífilis durante a gravidez continua a ser um problema em muitos países desenvolvidos. Estima-se que 3,5% das gestantes no Brasil sejam portadoras da doença. O risco de transmissão vertical do treponema encontra-se entre os 50 e os 85% e as taxas de mortalidade perinatal chegam a 40%.  OBJETIVO: Analisar a prevalência da infecção pelo treponema pallidum em gestantes no interior do Maranhão.  MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo com abordagem quantitativa de casos notificados da infecção pelo treponema pallidum em gestantes no município de Caxias, Maranhão. Os dados foram obtidos através das fichas de notificações, retiradas do Sistema de Informação de Agravos e Notificação. O período de abrangência do estudo foi de janeiro de 2012 a dezembro de 2016, referente aos casos notificados de sífilis em gestantes. Sendo utilizadas as seguintes variáveis: faixa etária, raça-cor escolaridade, ocupação, zona de residência, período gestacional, classificação clinica, teste não treponemico no pré-natal; teste treponemico no pré-natal e esquema de tratamento prescrito. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram notificados de 2012 a 2016 , 120 casos de sífilis em gestantes no município de Caxias-MA, sendo prevalente na faixa etária de 20 a 34 anos em 59,16% (n=71) ,  na raça parda em 73,3% dos casos (n= 88). No que diz respeito a  escolaridade , foi prevalente em mulheres com ensino fundamental incompleto com 45, 8% dos casos (n=55), sendo menos prevalente em mulheres com ensino superior com 1,6% dos casos(n=2),   dona de casa em 55% dos casos (n=66), residindo na zona urbana 79, 1% dos casos (n=95). Quanto ao período gestacional do diagnostico, verificou-se que ocorreu no terceiro trimestre em 53,3% dos casos (n=64), 32,5 % dos casos(n=39) no segundo trimestre e 12,5% dos casos (n=15) no primeiro trimestres de gestação. No que se refere a classificação clinica da sífilis nas gestantes, foi prevalente a sífilis primaria em 71,6% das gestantes ( n=86) ,.Quanto a realização de testes durante o pré-natal, o teste não treponemico  foi reativo em 91,6% (n=110) das gestantes. No que se refere ao teste treponemico, foi reativo em 40% dos casos (n=48) e não foi realizado em 47,5% das mulheres gravidas (n=57). Quanto ao esquema de tratamento, foi prevalente o uso da penicilina G benzantina 2.400.000 UI em 50% dos casos (n=60), e outros esquemas e 7,5 (n=9) não realizaram tratamento. CONCLUSÃO: A sífilis  em gestantes foi prevalente em adultas jovens, pardas, baixa escolaridade, donas de casa, residindo na zona urbana, tendo o diagnostico diagnosticado no terceiro trimestre. Destaca-se a limitação do estudo ao utilizar fonte de dados secundários, com prováveis subnotificações e incompletudes no preenchimento das fichas. Assim, é necessário disponibilizar  investimentos em capacitação dos profissionais de saúde para notificar os casos.  Além disso, visualiza-se a  necessidade de  realizar atividades educativas de prevenção, diagnostico e tratamento precoce da sífilis, principalmente no período gestacional. 

  • Palavras-chave
  • Sífilis. Gestantes. Epidemiologia
  • Área Temática
  • Enfermagem
Voltar
  • Fisioterapia
  • Enfermagem
  • Nutrição
  • Psicologia
  • Educação Física
  • Serviço Social
  • Saúde Coletiva

Comissão Organizadora

João Victor de Sousa Costa
ADRIANO CORREIA DE SOUSA
Lilyane Andressa Aguiar Morais de Moura
Yllanna Fernanda de Araújo Oliveira
Heloene de Carvalho Lima

Comissão Científica

DIANDRA CAROLINE MARTINS E SILVA
Jessyca Rodrigues Melo
Thaís Marina Chaves Silva
Aryelle Lorrane Da Silva Gois