INTRODUÇÃO: A Doença de Alzheimer (DA) consiste em uma demência neurodegenerativa, caracterizada pela presença de um distúrbio progressivo da memória e de outras funções cognitivas, o que afeta o convívio social e realização de atividades da vida diária. As alterações na memória afeta negativamente a aprendizagem e evocação, com perda da capacidade de adquirir novos conhecimentos. Esta patologia possui três fases, a primária, secundária e terciária e atualmente algumas publicações evidenciam os efeitos positivos do uso de alimentos funcionais na prevenção e tratamento da DA, com ênfase no resveratrol. O resveratrol é um composto polifenólico aromático pertencente ao grupo dos estilbenos, um dos principais componentes do vinho tinto. Esta substancia destaca-se devido as suas propriedades antioxidante, anti-inflamatória, antitumoral, cardioprotetora, além da capacidade de modular processos como apoptose, inibição da angiogênese e modulação glicêmica e lipídica, e na DA é capaz de evitar a morte de células neurais e inibir agregação das placas beta amiloides. OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo verificar as evidências cientificas sobre efeitos neuroprotetor do resveratrol na DA. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa de estudos publicados entre os anos de 2011 a 2017, disponíveis nas seguintes bases de dados “Sciencdirect” e “PUBMED”, no qual se usou os descritores a seguir “Alzheimer’s Disease”; “Resveratrol”; “Neuroprotection”, “Prevention”. Foram incluídos estudos publicados em inglês e português, estudos primários e revisões sistemáticas. Foram excluídos estudos não científicos, incompletos e/ou publicados em anos anteriores a 2011. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em um estudo realizado com 119 pessoas com Alzheimer, em que foram suplementadas com 500mg de resveratrol, os autores verificaram que houve uma diminuição das placas beta-amiloides, observou-se também diminuição dos níveis de proteínas do líquido cefalorraquidiano em pacientes tratados com resveratrol quando comparados ao grupo placebo, contudo notou-se um aumento da produção de interleucina-4, sugerindo que o resveratrol possa desempenhar um papel importante no perfil inflamatório do sistema nervoso central. Outras pesquisas averiguaram que esse composto é capaz de inibir agregação das placas beta-amiloides, quelar metais, desintegrar as fibrilas das placas beta-amiloides, podendo exercer papel antioxidante. Trabalhos in vitro mostraram que doses de até 2000mg/Kg de peso em camundongos não apresentaram sinais de toxicidade. O resveratrol foi capaz de impedir a ação inflamatória das placas beta-amiloides em macrófagos por meio da inibição da ativação do NFkN (factor nuclear kappa B), sendo que em modelos animais administrado via oral reduziu a deposição de amiloides e ativação de micróglia. O que justifica a ação antioxidante na DA é sua capacidade de diminuir a peroxidação lipídica, o que melhorou até a memória e aprendizagem em animais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pode-se observar que o resveratrol possui propriedades que exercem efeitos neuroprotetores na DA, contudo são necessário realização de pesquisa com seres humanos afim de confirmar os benefícios assim como os possíveis efeitos adversos ao organismo humano, e consequentemente estabelecer uma dose para tratamento.
Comissão Organizadora
João Victor de Sousa Costa
ADRIANO CORREIA DE SOUSA
Lilyane Andressa Aguiar Morais de Moura
Yllanna Fernanda de Araújo Oliveira
Heloene de Carvalho Lima
Comissão Científica
DIANDRA CAROLINE MARTINS E SILVA
Jessyca Rodrigues Melo
Thaís Marina Chaves Silva
Aryelle Lorrane Da Silva Gois
Ferramenta completa de submissão, avaliação e publicação de anais para eventos científicos.
