SULFATO DE MAGNÉSIO (MGSO4) NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DA ECLÂMPSIA: QUAL ESQUEMA ADOTAR?

  • Autor
  • Laiane Silva Mororó
  • Co-autores
  • Ana Kelle Silva de Sousa , Anna Beatriz da Silva de Sousa Melo , Ana Carla Marques da Costa
  • Resumo
  • Introdução: A eclâmpsia, definida como o surgimento de convulsão tônico-clônica em gestantes com pré-eclâmpsia, foi a principal causa de mortalidade materna em todo mundo e continua sendo uma das complicações obstétricas mais graves em nosso meio. O tratamento dessa patologia evoluiu gradativamente e teve como marco na sua prevenção e tratamento das convulsões na eclâmpsia o uso do sulfato de magnésio (MgSO4), que provou ser mais eficiente que os anticonvulsivantes clássicos como a fenitoína e benzodiazepínicos, tanto na interrupção da crise convulsiva como na diminuição de suas recorrências. Objetivos: Determinar através da revisão de literatura qual o melhor esquema de MGSO4 para o tratamento e prevenção da eclâmpsia. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão da literatura com abordagem quantitativa e de caráter exploratório, no qual foram utilizados artigos encontrados na Biblioteca Virtual de Saúde e indexados nos bancos de dados LILACS, SCIELO e MEDLINE. A seleção dos artigos deu-se a partir dos descritores: “Sulfato de Magnésio”, “Eclâmpsia”, “Tratamento e prevenção de eclâmpsia”. Os critérios de inclusão foram: artigos que abordassem acerca da temática, escritos em espanhol, inglês e português, estudo de caso e controle e ensaio clínico controlado. Inicialmente foram encontrados 713 artigos, após aplicados os filtros – disponíveis, ensaio clínico controlado e estudo de caso controle – obteve-se 6 artigos. Constatou-se através da leitura dos resumos que os artigos respeitavam à temática do trabalho e foram eles utilizados para sua elaboração.  Resultados e Discussão: Em 1955, Pritchard decreveu o esquema terapêutico intramuscular para eclâmpsia e pré-eclâmpsia grave utilizando dose de ataque de 4 g intravascular associada a 10 g intramuscular, seguida pela dose de manutenção de 5 g intramuscular a cada 4 horas, este esquema foi apresentado em 50% (3) dos artigos selecionados e demonstraram eficiência no tratamento, mas apresentaram como principal complicação a dor e o risco de hematomas e abscessos (0,5%).  Zuspan, em 1966, descreveu o esquema endovenoso utilizando 4 g intravascular seguido de 1-2 g/h em bomba de infusão, no entanto dos 50% (3) dos trabalhos analisados que utilizaram o esquema de Zuspan 33,33% detectaram esta dose como sendo subterapêutica. Os seis ensaios clínicos randomizados (ECR); RR: 0,41; IC95%: 0,29-0,58), tanto em pacientes com pré-eclâmpsia grave como não-grave.   Considerações finais:  A maior parte das mulheres nos ensaios clínicos disponíveis recebeu sulfato de magnésio por via intravenosa. Depois de uma dose de ataque de 4 g, administra-se uma dose de manutenção variando entre 1-2 g/h, durante 24 horas. Não havendo necessidade de monitorização dos níveis séricos de magnésio; no entanto, as avaliações clínicas (reflexos profundos, frequências cardíacas e respiratórias e diurese) devem nortear a manutenção da terapêutica. O esquema proposto por Zuspan foi demonstrado como eficaz e com menor desvantagens.

  • Palavras-chave
  • Sulfato de Magnésio, Pré-eclâmpsia, Eclâmpsia.
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