EXPOSIÇÃO MASCULINA JUVENIL AO HIV/AIDS

  • Autor
  • Micaelle Chaves Moreno
  • Co-autores
  • Larissi Brito Veiga , Lucinete Cruz Machado , Luciana Cristina da Silva Nascimento , Liana Maria Ibiapina do Monte , Elaine Ferreira do Nascimento
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO:  O trabalho busca destacar a juventude como uma fase que pode trazer riscos aos jovens, e alguns fatores que contribuem para criação de estímulos para a adoção de comportamentos de risco. Atualmente em uma sociedade permeada por marcadores de exploração-dominação, reproduzidas pelo machismo, os homens são educados de maneira cruel, tanto em relação a outros sujeitos, sejam mulheres e outros homens, como em relação a si mesmo. OBJETIVOS: Compreender como o modelo hegemônico de masculinidade produzido historicamente e reproduzido socialmente contribuem para a exposição ao HIV. MATERIAIS E METODOS: O trabalho originou-se de uma pesquisa qualitativa e exploratória, em que a coleta de dados ocorreu com entrevistas semiestruturadas que foram aplicadas a 10 homens jovens universitários que estudam e/ou residam no município de Caxias – MA. Foi avaliado pelo Comitê de Ética em pesquisa com seres humanos da faculdade de ciência e tecnologia do maranhão sido aprovado sob o número de CAAE: 59115616.4.0000.8007. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A epidemia da AIDS surgiu em meados dos anos 1981, quando foi reconhecida nos EUA, a partir da identificação de um número elevado de pacientes adultos do sexo masculino, homossexuais e moradores de San Francisco, que apresentaram “sarcoma de Kaposi”, pneumonia provocada por Pneumocystis carinii e comprometimento do sistema imune, os quais, sabemos, hoje que são características típicas da aids (PINHO et al, 2007). A juventude pode se apresentar como um segmento extremante perigoso e vulnerável a diversas situações e comportamentos de riscos, uma vez que os jovens estão em estágio de desenvolvimento físico e emocional, e podem ser facilmente influenciados pelo meio em que vivem. Outro fator que ocasiona essa exposição é a influência do modelo hegemônico de masculinidade que os homens jovens devem alcançar para atestarem sua masculinidade/virilidade, que irá impor aos homens as características ideais para se tornar homem, como, ser provedor, heterossexual, dominador e cuidador, que se constituem como marcas identitárias (NASCIMENTO & GOMES, 2008) assim os homens não adotam comportamentos de cuidado com o seu próprio corpo, pois cuidar de si é tido como uma característica feminina, adotando assim comportamentos desprotegidos em suas relações sexuais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em nossa sociedade brasileira que é atravessada por uma cultura heterossexista pode-se perceber que os homens jovens se expõem e a seus parceiros a comportamentos de risco em suas relações sexuais, principalmente pela influência do modelo hegemônico de masculinidade que coloca os homens em verdadeiras armadilhas. Assim, é totalmente emergencial que esse modelo seja desconstruído pois ao adotar comportamentos de risco os homens trazem problemas sérios para a saúde pública de um modo geral pois contribuem para a disseminação de Infecção Sexualmente Transmissível - IST.

  • Palavras-chave
  • Juventude, Masculinidade, HIV/AIDS
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