INTRODUÇÃO: O trabalho busca destacar a juventude como uma fase que pode trazer riscos aos jovens, e alguns fatores que contribuem para criação de estímulos para a adoção de comportamentos de risco. Atualmente em uma sociedade permeada por marcadores de exploração-dominação, reproduzidas pelo machismo, os homens são educados de maneira cruel, tanto em relação a outros sujeitos, sejam mulheres e outros homens, como em relação a si mesmo. OBJETIVOS: Compreender como o modelo hegemônico de masculinidade produzido historicamente e reproduzido socialmente contribuem para a exposição ao HIV. MATERIAIS E METODOS: O trabalho originou-se de uma pesquisa qualitativa e exploratória, em que a coleta de dados ocorreu com entrevistas semiestruturadas que foram aplicadas a 10 homens jovens universitários que estudam e/ou residam no município de Caxias – MA. Foi avaliado pelo Comitê de Ética em pesquisa com seres humanos da faculdade de ciência e tecnologia do maranhão sido aprovado sob o número de CAAE: 59115616.4.0000.8007. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A epidemia da AIDS surgiu em meados dos anos 1981, quando foi reconhecida nos EUA, a partir da identificação de um número elevado de pacientes adultos do sexo masculino, homossexuais e moradores de San Francisco, que apresentaram “sarcoma de Kaposi”, pneumonia provocada por Pneumocystis carinii e comprometimento do sistema imune, os quais, sabemos, hoje que são características típicas da aids (PINHO et al, 2007). A juventude pode se apresentar como um segmento extremante perigoso e vulnerável a diversas situações e comportamentos de riscos, uma vez que os jovens estão em estágio de desenvolvimento físico e emocional, e podem ser facilmente influenciados pelo meio em que vivem. Outro fator que ocasiona essa exposição é a influência do modelo hegemônico de masculinidade que os homens jovens devem alcançar para atestarem sua masculinidade/virilidade, que irá impor aos homens as características ideais para se tornar homem, como, ser provedor, heterossexual, dominador e cuidador, que se constituem como marcas identitárias (NASCIMENTO & GOMES, 2008) assim os homens não adotam comportamentos de cuidado com o seu próprio corpo, pois cuidar de si é tido como uma característica feminina, adotando assim comportamentos desprotegidos em suas relações sexuais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em nossa sociedade brasileira que é atravessada por uma cultura heterossexista pode-se perceber que os homens jovens se expõem e a seus parceiros a comportamentos de risco em suas relações sexuais, principalmente pela influência do modelo hegemônico de masculinidade que coloca os homens em verdadeiras armadilhas. Assim, é totalmente emergencial que esse modelo seja desconstruído pois ao adotar comportamentos de risco os homens trazem problemas sérios para a saúde pública de um modo geral pois contribuem para a disseminação de Infecção Sexualmente Transmissível - IST.
Comissão Organizadora
João Victor de Sousa Costa
ADRIANO CORREIA DE SOUSA
Lilyane Andressa Aguiar Morais de Moura
Yllanna Fernanda de Araújo Oliveira
Heloene de Carvalho Lima
Comissão Científica
DIANDRA CAROLINE MARTINS E SILVA
Jessyca Rodrigues Melo
Thaís Marina Chaves Silva
Aryelle Lorrane Da Silva Gois