INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infecciosa, granulomatosa causada pelo Mycobacterium leprae que tem alta infectividade e baixa patogenicidade, de evolução lenta, manifesta-se por sinais e sintomas dermatoneurológicos como, lesões de pele e de nervos periféricos, cujos locais mais atingidos são os olhos, mãos e pés.Esta doença apresenta um grande potencial para provocar incapacidades físicas que podem, inclusive, evoluir para deformidades. No intervalo de 2001 a 2012 foram notificados no Maranhão 54.719 casos novos de hanseníase, com média de 4.559,92 casos/ano. O Coeficiente de Detecção (CD) no Maranhão foi considerado alto. Mais da metade (56,68%) dos municípios do Estado são hiperendêmicos (CD ? 4 casos/10.000hab.) e nenhum apresenta CD baixo (? 0,2 casos/10.000hab.) corroborando a necessidade de intervenções voltadas para essa temática. OBJETIVO: Descrever o desenvolvimento de uma intervenção relacionada a educação em saúde em uma comunidade hiperendêmica para hanseníase. MATERIAIS E METÓDOS: Para o desenvolvimento da intervenção, inicialmente, houve um levantamento do número de casos registrados de hanseníase acompanhados pelas equipes de saúde da família do bairro Cangalheiro, tipo de entrada, a classificação e demais dados pertinentes para o levantamento epidemiológico do referido agravo, bem como o tipo de acompanhamento realizado. Em seguida realizou-se visitas aos domicílios dos casos para orientações de educação em saúde e reafirmar a necessidade de avaliação dos contatos domiciliares. RESUTADOS E DISCURSSÃO: Contabilizou-se um total de onze pacientes em tratamento, sendo 10 destes classificados como multibacilares, sugerindo que o diagnóstico esta ocorrendo tardiamente. Quanto ao sexo, o sexo masculino foi predominante com 81,9% (9) dos casos, confirmando que os homens, são os mais acometidos por esta patologia, possivelmente, por características próprias, como: maior relacionamento com a sociedade, menor preocupação com aspectos relacionados ao seu corpo e sua saúde, assim como a complexidade de acesso aos serviços públicos de saúde.Foram recrutados com o auxílio dos agentes comunitários de saúde quarenta e oito contatos domiciliares de casos para avaliação individual. Realizada visita domiciliar de 100% dos casos de hanseníase em tratamento, realizando orientação sobre o tratamento e os cuidados pessoais para prevenir incapacidades físicas, bem como, registro dessas avaliações em prontuários.CONCLUSÃO: As ações possibilitaram a busca de possíveis focos de transmissão da hanseníase, a disseminação de informações sobre a hanseníase com uma linguagem simples e de fácil compreensão,estimulou o autocuidado para prevenir incapacidades físicas, possibilitou o esclarecimento de dúvidas, permitindo-se desmistificar alguns tabus.Identificou-se que ainda há carência de conhecimento acerca da hanseníase na comunidade em estudo.
Comissão Organizadora
João Victor de Sousa Costa
ADRIANO CORREIA DE SOUSA
Lilyane Andressa Aguiar Morais de Moura
Yllanna Fernanda de Araújo Oliveira
Heloene de Carvalho Lima
Comissão Científica
DIANDRA CAROLINE MARTINS E SILVA
Jessyca Rodrigues Melo
Thaís Marina Chaves Silva
Aryelle Lorrane Da Silva Gois