QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO

  • Autor
  • Gilma Sannyelle Silva Rocha
  • Co-autores
  • Irislene Costa Pereira , Andressa da Silva Machado , Andreia Layne de Jesus Silva , Hailany Araujo Costa , Najra Danny Pereira Lima
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), é definido como um transtorno do desenvolvimento presente desde o nascimento, porém em geral os sintomas são evidenciados, quando as demandas sociais excedam o limite de suas capacidades. É caracterizado por deficiência marcada na comunicação; dificuldades na interação social; padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades, incluindo os interesses alimentares.  Por isso, crianças com TEA em geral, apresentam seletividade alimentar. Mães de crianças com TEA relataram prejuízo na qualidade de vida, o que se associou com as características comportamentais da criança. Assim, com aumento do número de diagnóstico, é necessário que sejam criadas estratégias para melhorar a qualidade de vida de crianças e adolescentes com TEA, pois a presença dos sintomas supracitados, dificulta sua adaptação social. OBJETIVO: O presente trabalho propõe discutir, baseado na literatura existente, a qualidade de vida em crianças no Espectro do Autismo. MATERIAIS E MÉTODOS: Este estudo consiste em uma revisão de literatura de estudos originais sobre a qualidade de vida em crianças e adolescentes com TEA. Foram incluídos trabalhos no idioma português, desenvolvidos e publicados entre os anos de 2007 a 2017, disponíveis nas bases de dados: Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde e Sciencdirect, no qual utilizou-se dos descritores: “Transtorno Autístico”, “Qualidade de Vida”, “Criança” e “Adolescente”. Totalizaram-se 9 trabalhos que constituíram esta revisão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em uma pesquisa desenvolvida em Uberlândia-MG, com crianças e adolescentes com TEA, observou-se impactos negativos na qualidade de vida relacionada à saúde, quando comparadas ao grupo sem diagnóstico de TEA, tendo efeitos físicos e psicossociais. Contudo, uma pesquisa realizada em São Paulo com crianças e adolescentes com idade entre 4 a 12 anos, foi observado que todas as crianças apresentavam índice de qualidade de vida satisfatório, sendo capazes de fornecer informações sobre si mesma. Os principais fatores que colaboram para a baixa qualidade de vida de indivíduos com TEA, estão relacionados com dificuldades de interação social, que as impossibilitam de participar de grupos e estabelecer laços de amizade. Outra questão bastante apontada pelos estudiosos consiste na dificuldades que crianças e/ou adolescentes com TEA possuem em aceitar modificações na rotina, além de apresentarem retardo mental, em aproximadamente 60% dos diagnósticos.  Em outra pesquisa, com crianças e adolescentes com autismo, evidenciou que estes apresentavam menores escores relacionados a qualidade de vida, principalmente quando avaliada a saúde psicossocial, funcionamento social e emocional. Alguns dados na literatura também apontam que quando uma família tem alguma pessoa próxima com diagnóstico de TEA, há um comprometimento da qualidade de vida, principalmente da mãe e irmãos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pode-se verificar que crianças e adolescentes com TEA, em geral, possuem redução na qualidade de vida, relacionadas principalmente com as alterações comportamentais características do transtorno. Nesse sentido, é importante compreender os fatores associados ao comprometimento na qualidade de vida da pessoa com TEA com vistas a criar estratégias de intervenção que possam contribuir para melhoria da qualidade de vida dessas crianças e adolescentes.  

  • Palavras-chave
  • Transtorno Autístico, Qualidade de Vida, Criança, Adolescente.
  • Área Temática
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