INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença milenar conhecida popularmente como lepra. Trata-se de uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo Hansen, que atinge a pele e o sistema nervoso periférico. A Hanseníase tem suas manifestações clínicas divididas em dois polos, a hanseníase tuberculóide e a hanseníase lepromatosa. O Brasil é o país que ocupa o segundo lugar em relação ao número de casos de hanseníase mundial e vem mantendo anualmente uma média de 47mil novos casos, e dentre esses 20% apresentam algum grau de incapacidade física. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de Hanseníase no município de Caxias – Maranhão entre os anos de 2013 a 2015. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo dos casos de hanseníase do município de Caxias/MA nos anos de 2013 a 2015, com dados obtidos através da consulta às bases de dados do Siste ma de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população do estudo foi constituída por todos os casos de hanseníase em paciente residentes na cidade de Caxias no estado do Maranhão, utilizando-se as variáveis: sexo, faixa etária, esquema terapêutico atual, número de pacientes que estão em curso de tratamento e desfecho dos casos. A análise dos dados e a obtenção dos resultados deram-se através de uma frequência simples. RESULTADOS E DISCUSSÕES: No triênio analisado foram confirmados 92 casos de hanseníase. Referente ao sexo, com maior prevalência entre os homens, 62% (57/92) corroborando com os dados encontrados na literatura. Entre os casos, o maior número de afetados (23/92) estavam na faixa etária de 20 a 34 anos (25%), e entre 35 a 49 anos 22 casos (23,91%). Em relação ao esquema terapêutico atual, utilizaram de 6 doses (paucibacilar), 19 pacientes (20,65%) e 73 pacientes (79,35%) fizeram tratamento com 12 doses (multibacilar). E há também os pacientes que estão com o tratamento em curso PQT padrão (89 casos) e os que continuam o tratamento (3 casos) PQT padrão. Ao se analisar como os casos foram encerrados, foi possível observar que 87 casos evoluíram para a cura e com grau de incapacidade 0, 2 casos com grau de incapacidade I e somente 1 caso para grau DE INCAPACIDADE II, apenas 2 não passaram pelo processo de avaliação de incapacidade. CONCLUSÃO: Conclui-se que os pacientes portadores de hanseníase foram em sua maioria do sexo masculino, todos fizeram tratamento e 87 pacientes tiveram a cura sem grandes perdas teciduais e neurológicas, seguindo o esquema terapêutico atual PQT, Portanto se faz importante mais campanhas que incentivem os cuidados e o reconhecimento da doença direcionadas à comunidade, inclusive às pessoas do sexo masculino, e ainda pesquisas que explorem a necessidade de intensificação de estratégias de prevenção e controle da doença em unidades de saúde e nas comunidades, para que, desta maneira, ocorra redução dos índices da doença.
Comissão Organizadora
João Victor de Sousa Costa
ADRIANO CORREIA DE SOUSA
Lilyane Andressa Aguiar Morais de Moura
Yllanna Fernanda de Araújo Oliveira
Heloene de Carvalho Lima
Comissão Científica
DIANDRA CAROLINE MARTINS E SILVA
Jessyca Rodrigues Melo
Thaís Marina Chaves Silva
Aryelle Lorrane Da Silva Gois