INTRODUÇÃO: A enxaqueca é uma doença muito comum na sociedade e acomete indivíduos de todas as raças e idades. Ela é caracterizada por ser uma cefaleia neurovascular, resultando em uma vasodilatação, além de provocar dor e uma ativação neuronal. Ademais, esse mal pode ser muito incapacitante para os indivíduos, comprometendo a produtividade e qualidade de atividades diárias e rotineiras. Nesse viés, a busca por tratamentos que sejam eficazes para enxaqueca é de extrema importância, principalmente, em razão da cronicidade da natureza incapacitante da doença. Dessa forma, recentemente, tem-se administrado a toxina botulínica como uma forma de tratamento profilático para a enxaqueca. A toxina botulínica é uma proteína produzida pela bactéria Clostridium botulinum, que age sobre o terminal nervoso colinérgico. Essa proteína tem um efeito local e acaba sendo utilizada para fins terapêuticos. Porém, ao relacioná-la com o tratamento da enxaqueca, foi percebido que essa proteína enfraquece a dor causada pela doença, além de ter se tornado uma forma de tratamento preventivo para tal. OBJETIVO: Analisar o uso da toxina butolínica na terapêutica da enxaqueca. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura a partir da base de dados PubMed. A pesquisa foi realizada utilizando os descritores "botulinum toxin", “migrain" e “therapeutic”, associados ao operador booleano "AND", além do filtro “free full text”. Foram encontrados 30 artigos, dos quais 20 foram selecionados utilizando como critério de inclusão a relação com o tema a ser estudado e publicações do último ano.RESULTADOS: A enxaqueca é uma doença crônica que gera grande declínio da qualidade de vida do indivíduo afetado e possui alta recidiva quando usados apenas tratamentos comuns para cefaléia. Assim, novas terapias foram desenvolvidas, entre elas, o uso da toxina botulínica. A eficácia clínica da toxina sorotipo A (OnabotulinumtoxinA) foi demonstrada em dois ensaios de fase III, controlados por placebo (PREEMPT 1 e PREEMPT 2). Seu mecanismo de ação está em bloquear peptídeos vasoativos, como glutamato, peptídeo relacionado ao gene da calcitonina e substância P dos terminais nervosos sensoriais, a fim de suprimir a sensibilização periférica. Por meio disso, observa-se redução na frequência e na intensidade da cefaleia, na ingestão de medicamentos, na incapacidade gerada pela dor e na catastrofização da dor. CONCLUSÃO: Portanto, a enxaqueca é uma doença crônica que pode afetar significativamente a qualidade de vida dos indivíduos. A toxina botulínica, que atua bloqueando peptídeos vasoativos, pode ser uma opção eficaz e segura para o tratamento profilático dessa doença. Foi visto que essa toxina reduz a frequência e a intensidade da dor, além de diminuir a ingestão de medicamentos e a incapacidade gerada pela dor. No entanto, é importante lembrar que a toxina botulínica deve ser administrada por profissionais de saúde treinados e experientes para garantir sua segurança e eficácia.
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