A ASSOCIAÇÃO DE COVID-19 E SUAS COMPLICAÇÕES HEMORRÁGICAS GASTROINTESTINAIS

  • Autor
  • Bruna Abreu Simões Bezerra Cunha
  • Co-autores
  • João Pedro Prado Bueno , Felipe Vieira Simões , Thiago Teodoro de Siqueira Neto , Bruna Vieira Castro , Isabela Laguardia Costa Roriz de Oliveira
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A COVID-19 pode ser definida como uma infecção respiratória aguda grave, causada pelo SARS-CoV-2, disseminada a nível global. Suas manifestações clínicas variam de casos assintomáticos a quadros graves, com presença de sintomas gripais e respiratórios inespecíficos, podendo evoluir para manifestações neurológicas, hepáticas, gastrointestinais e sanguíneas. Dentre tais complicações, tem-se a hemorragia digestiva, caracterizada por sangramento de vísceras abdominais acima do ângulo de Treitz (hemorragia digestiva alta) ou abaixo dele (hemorragia digestiva baixa). A hemorragia do trato gastrointestinal (TGI) se manifesta com hematêmese, enterorragia e/ou melena, se alta, e com hematoquezia, se baixa, podendo ou não haver instabilidade hemodinâmica. OBJETIVO: Analisar a influência da infecção da COVID-19 sobre suas complicações hemorrágicas gastrointestinais. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, baseada em estudos científicos em língua inglesa e portuguesa, publicados nos bancos de dados virtuais Publisher Medline (PubMed) e Scientific Eletronic Library online (SciELO), entre 2020 e 2022. Os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) utilizados nesta revisão foram “Hemorragia Gastrointestinal” e “COVID-19” e seus respectivos correspondentes na língua inglesa.   RESULTADOS: Os estudos analisados demonstraram que a infecção por COVID-19 apresenta tropismo por células do trato digestivo, em especial aos enterócitos, desempenhando papel de ataque às células da mucosa, levando a quadros hemorrágicos no trato digestivo, sobretudo na porção intestinal. Além disso, o vírus também é capaz de provocar distúrbios de coagulação facilitando a formação de trombos, consequentemente, o uso da terapia antitrombótica, seja ela profilática ou não, contribui para o sangramento não-controlado. Somado a isso, o SARS-CoV-2 é capaz de interagir com receptores da enzima conversora de angiotensina (ECA), que dentre suas funções, desempenha papel na resposta inflamatória. Uma vez ativada pelo vírus, a inflamação ataca a mucosa de órgãos portadores de tais receptores, como a mucosa do TGI. CONCLUSÃO: Em suma, é notório que as manifestações gastrointestinais, incluindo as hemorragias se apresentam como complicações comuns e graves da infecção por COVID-19, sobretudo em paciente em uso de anticoagulantes e antitrombóticos, ou aqueles internados em unidades de terapia intensiva (UTI). Dessa forma, torna-se imprescindível o diagnóstico precoce e tratamento adequado, visando reduzir a morbimortalidade por tal desdobramento. 

  • Palavras-chave
  • COVID-19, Hemorragia Gastrointestinal, Associação
  • Modalidade
  • Comunicação oral
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