A CORRELAÇÃO ENTRE A RESISTÊNCIA À INSULINA PÓS-COVID E O DESENVOLVIMENTO DE TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR

  • Autor
  • Bruna Abreu Simões Bezerra Cunha
  • Co-autores
  • João Pedro Prado Bueno , Milena Lima Silva , Thiago Teodoro de Siqueira Neto , Bruna Vieira Castro , Isabela Laguardia Costa Roriz de Oliveira
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: O transtorno depressivo maior se manifesta com o humor depressivo na maior parte do dia, durante quase todos os dias, diminuição de interesse em quase todas as atividades, alteração significativa de peso e sono, fadiga ou perda de energia, sentimento de inutilidade e culpa excessiva, capacidade diminuída de concentração e pensamentos recorrentes de morte. Durante a chamada pós-COVID, representada pelo surgimento ou exacerbação de sintomas da infecção pelo SARS-CoV-2 após o período de recuperação do paciente, observou-se uma grande incidência de disfunções neuropsiquiátricas, incluindo o aparecimento do transtorno depressivo maior. Além disso, nota-se uma associação de pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) no pós-COVID, devido à resistência à insulina (RI), com aqueles que desenvolveram sintomas de transtorno depressivo. OBJETIVO: Correlacionar a resistência insulínica desenvolvida em pós-COVID com o surgimento do transtorno depressivo maior. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura, baseada em estudos científicos em língua inglesa, publicados no banco de dados Publish Medical (PubMed), entre os anos de 2020 e 2023. Os Descritores em Ciências da Saúde utilizados foram: “Insuline resistence”, “Depression” e “COVID-19”. RESULTADOS: A resposta imune-inflamatória causada pela infecção de COVID-19 desencadeia uma liberação excessiva de citocinas pró-inflamatórias, com níveis elevados de IL-6 e TNF-?. As duas últimas contribuem para a RI, uma vez que geram hiperestimulação de células ?-pancreáticas, resultando em sua apoptose. Em continuidade, o papel da RI frente ao desenvolvimento do transtorno depressivo explica-se pela inativação e/ou destruição dos receptores insulínicos em neurônios do sistema nervoso. Tais neurônios seriam excitados pela insulina para a liberação de dopamina na fenda sináptica. A redução de dopamina liberada acarreta na falta de motivação, dificuldade de concentração, sintomas depressivos e distúrbios do sono, cognição e memória. Além disso, foi demonstrado que a resistência à insulina ocasiona distúrbios mitocontriais, estes observados no hipotálamo em situações de depressão. CONCLUSÃO: Diante do exposto, conclui-se que a COVID-19 desempenha grande papel imune e inflamatório nos sistemas fisiológicos, que acarretam em diversas disfunções disseminadas, as quais se manifestam de formas física e neuropsíquica.

  • Palavras-chave
  • Depressão, Resistência à insulina, Síndrome pós-COVID-19 aguda
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Livre
Voltar Download
  • Livre

Comissão Organizadora

Congresso Construção da Carreira Médica

Comissão Científica