INTRODUÇÃO: Os transtornos alimentares (TAs) são síndromes psiquiátricas com etiologia multifatorial, caracterizados por distorções da imagem corporal, associada à insatisfação com o peso e alterações no comportamento alimentar, principalmente no público adolescente. Os principais problemas referentes a transtornos alimentares na adolescência são a anorexia e a bulimia nervosa, as quais além de se associarem a diversas complicações fisiológicas e comportamentais, também se associam a sequelas psicossociais, como transtornos de depressão e ansiedade. As prevalências de depressão são mais altas em todos os tipos de transtornos alimentares do que na população em geral. A principal característica dos transtornos depressivos é a presença de humor triste ou vazio, acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam a capacidade de funcionamento do indivíduo. Além do mais, as mudanças físicas e psicológicas normais na adolescência podem fazer com que se desenvolvam indicadores de transtornos alimentares e depressivos. Dentre outros fatores, a presença de transtornos alimentares pode contribuir para o risco de suicídio. OBJETIVO: Identificar as possíveis relações entre transtornos alimentares e sintomas depressivos na adolescência. METODOLOGIA: Para o desenvolvimento da revisão integrativa de literatura, fez-se uma pesquisa no mês de maio do ano de 2023, utilizando-se os Descritores em Ciência e Saúde (DeCS): “Transtornos Alimentares”, “Depressão” e “Adolescência”. As fontes de busca foram SciELO (Scientific Electronic Library Online) e Google Acadêmico. Foram utilizados 4 artigos em língua portuguesa, publicados entre os anos de 2018 e 2023. RESULTADOS: Os resultados demonstram que existe uma correlação entre transtornos alimentares e quadros depressivos, entre os pacientes que apresentaram diagnóstico de depressão, a maioria possui associação com anorexia nervosa. Além disso, os estudos encontraram uma frequência relativamente preocupante para o risco de suicídio na população estudada. O suicídio consiste em um fenômeno complexo, multidimensional e multifatorial, tendo como principais fatores de risco fatores genéticos e sociais, e transtornos psiquiátricos (com destaque para a sintomatologia positiva para depressão maior e transtornos alimentares). Considerando a leitura individual de cada artigo, conclui-se que indivíduos do sexo feminino são mais propensos a desenvolverem diversos transtornos psiquiátricos, como os transtornos alimentares, uma vez que, desde a adolescência, são enormes as pressões midiáticas e sociais sobre essa população. CONCLUSÃO: Diante do exposto, é possível concluir que existe uma necessidade extrema de investigar jovens sintomáticos para depressão maior e transtornos alimentares, a fim de minimizar as chances de esses indivíduos desenvolverem o risco para o suicídio. Ressalta-se a falta de programas e ambulatórios de Saúde Pública voltados para diagnóstico, tratamento e acompanhamento de TAs na população.
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