USO DE BARICITINIBE NO TRATAMENTO DE ALOPECIA AREATA

  • Autor
  • Thiago Assis Venâncio
  • Co-autores
  • Matheus Hilário Vaz Monteiro Mesquita , Rebeca da Silveira Ferreira , Vitória Aires Barbosa de Andrade e Borba , Marcos Vinícius Milki
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A alopecia areata (AA) é classificada como uma condição autoimune por perda de cabelo devido a processos inflamatórios, não atingindo apenas o couro cabeludo, mas qualquer região do corpo que apresente pelos. O processo em questão gira em torno da ação das proteínas Janus quinase (JAK) nas células T. Devido à fisiopatologia autoimune da AA, há estudos positivos quanto ao uso de imunomoduladores e inibidores de JAK na terapêutica. Os JAK’s atuam como antagonistas dos membros da família de enzimas JAK, inibindo a fosforilação de JAK, bloqueando a via de sinalização regulatória que envolve a ativação de STAT (proteína de transdutor de sinal e ativador de transcrição). O baricitinibe é um inibidor de JAK que tem mostrado promessa no tratamento de doenças autoimunes, incluindo a AA, pois age inibindo seletivamente as JAKs 1 e 2, reduzindo assim a atividade imunológica que pode estar envolvida na patogênese de muitas doenças autoimunes, reduzindo os sintomas inflamatórios associados a essas doenças. É importante monitorar os pacientes quanto aos efeitos colaterais e considerar as interações medicamentosas potenciais antes de prescrever o baricitinibe. OBJETIVO: Elucidar a respeito do uso de baricitinibe no tratamento de AA. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura a partir da base de dados PubMed, realizada no dia 19 de abril de 2023, com os descritores “baricitinib”, “alopecia areata” e “treatment”, associados ao operador booleano “AND” e com o filtro “free full text” e “in the last 5 years”. Foram identificados 21 artigos, dos quais 20 foram selecionados para a leitura do texto completo com base nos critérios PRISMA de literatura.  RESULTADOS: Os estudos revelaram que o baricitinibe é bastante eficaz no tratamento de AA refratária, além de ser mais acessível, econômico e com maior tolerabilidade. Entretanto, quanto à efeitos adversos, a maioria apresentou infecções de trato respiratório superior, nasofaringite, exacerbação de dermatite atópica, erisipela, dor de cabeça, náusea, diarreia, neutropenia, linfopenia, leve hipertensão arterial. Em suma, percebeu-se que a ação dos inibidores de JAK no tratamento de AA é eficaz, mas até agora os ensaios clínicos realizados foram limitados, entretanto os medicamentos aparentam ser bem tolerados. CONCLUSÃO: Portanto, pode-se concluir que a AA é uma condição autoimune que cursa com perda de cabelo, desencadeada pelas JAK e pelo STAT. O uso de inibidores de JAK, como o baricitinibe, apresentou-se como uma alternativa promissora no tratamento da AA, pois reduz a atividade imunológica envolvida na patogênese de doenças autoimunes. No entanto, é importante monitorar os pacientes quanto aos efeitos colaterais e considerar as interações medicamentosas potenciais. Ainda assim, os resultados obtidos na revisão sugerem que o baricitinibe é bastante eficaz no tratamento de AA refratária e pode ser uma opção valiosa para os pacientes que não respondem a outras terapias convencionais.

  • Palavras-chave
  • Alopecia Areata, Tratamento, Baricitinibe.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
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