INTRODUÇÃO: A saúde coletiva é um dos assuntos mais discutidos rotineiramente, pois ela está intrínseca ao indivíduo e à sociedade, já que a sua falta é causa de vários problemas e também a solução de vários outros. Porém, ser um assunto discutido não significa que seja uma área que não necessite de melhoras e apresente desafios, como a urgência em tornar mais igualitário o acesso e o tratamento da saúde coletiva na atenção básica em diferentes regiões do Brasil, como o que foi proposto com o Programa Mais Médicos, englobando análises interestaduais e intermunicipais.(OLIVEIRA;SANCHEZ SANTOS, 2016). Nesse sentido, a seguinte pesquisa tem total relevância em verificar a distribuição quantitativa e qualitativa de atendimento na atenção básica tratando-se de saúde coletiva em cidades médias e pequenas. OBJETIVO: Analisar e comparar os dados relacionados às diferenças existentes na atenção básica em relação à saúde coletiva em cidade médias e pequenas comparando-se com as grandes. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa. Fez-se uma busca na base de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Google Acadêmico. Os descritores utilizados na pesquisa foram: saúde coletiva, atenção básica. Foram encontrados 72 artigos e selecionados 6 na língua portuguesa os quais correspondiam ao objetivo proposto. RESULTADOS: Com a obtenção dos dados, verificou-se que apesar de existirem projetos como Programas de Residência Multiprofissional em Atenção Básica (PRMAB), os quais são desenvolvidos em Instituições de Educação Superior fora das capitais. A localização fora das capitais contribui para a melhor distribuição de profissionais aptos para atender a população local e ainda, poder planejar esquemas de ensino e pesquisa que atendam as maiores necessidades da população(FLOR et al., 2023), as cidades médias e pequenas são preteridas em relação às grandes. Isso se dá no que diz respeito a disponibilidade de profissionais, o que acaba interferindo na qualidade do atendimento, na disponibilidade de recursos de saúde, como medicamentos, que são mais adquiridos em regiões mais economicamente ativas e industrializadas, como Sudeste e Sul, e a hipótese para essa diferença é apontada como a distinção no acesso aos serviços de saúde (PONTES et al., 2017). Além disso, notou-se que dentro dessas cidades menores, há, ainda, desigualdades em relação às regiões mais remotas, as quais além de a atuação profissional ser desvinculada do território, não há políticas próprias para a atuação nessas realidades (FRANCO; GIOVANELLA; BOUSQUAT, 2023). CONCLUSÃO: Portanto, mesmo sendo um desejo do Sistema Único de Saúde lutar pela equidade do atendimento, pode- se afirmar que existem desigualdades na atenção básica no atendimento da saúde coletiva comparando-se diferentes regiões, cidades grandes com as médias e pequenas, além de diferenças dentro das próprias cidades pequenas.
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