INTRODUÇÃO: A esofagite eosinofílica (EoE) é definida como uma patologia, antígeno/imunomediada, que possui como característica histológica a presença de inflamação com infiltrado inflamatório eosinofílico no esôfago e sintomas de disfunção esofágica. A fisiopatologia da EoE ainda não é bem explicada, porém possui características clínicas, endoscópicas e histológicas que permitem identificar e diferenciar das demais patologias que acometem o trato digestório. A EoE pode ser confundida com a à doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), pois seus sintomas são semelhantes como a presença de pirose e dor retroesternal. Além disso, a EoE e a DRGE podem coexistir no mesmo paciente. O quadro clínico da doença pode variar com a idade, mas sintomas como disfagia, vômitos, regurgitação, episódios de impactação alimentar, e dor torácica são comuns em todas as faixas etárias. Para o diagnóstico dessa patologia, a endoscopia digestiva alta com biópsia é essencial. Os achados endoscópicos incluem edema, sulcos longitudinais, anéis de Schatzkie, presença de micro-abcessos, de eosinófilos, e estreitamento do lúmen esofágico. Os achados histológicos, obtidos por biópsia compreende a presença de 15 ou mais eosinófilos em pelo menos um campo de grande aumento; hiperplasia das células basais; agregados de eosinófilos, e número aumentado de mastócitos. OBJETIVO: Compreender a correlação dos achados clínicos, endoscópicos e histológicos nos pacientes portadores da esofagite eosinofílica. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, e para seu desenvolvimento foram necessários artigos científicos publicados nos últimos 10 anos nas bases de dados Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) e Scielo. Utilizou-se os descritores “Esofagite eosinofílica”, “Endoscopia do sistema digestório” e “Histologia”. Como critério de exclusão estão os artigos de repetição encontrados nas plataformas. RESULTADOS: A análise demográfica da EoE mostrou uma maior prevalência da doença em indivíduos do sexo masculino e adultos jovens. Quanto à análise sintomatológica, foram descritas as mais comuns a disfagia, pirose, vômitos e regurgitação, sendo a disfagia presente em quase 90% dos pacientes com a doença esofagiana. Os aspectos histológicos que mais foram evidenciados nos pacientes foram os anéis esofágicos, exsudatos, estenoses e sulcos longitudinais. Além disso, foram observados que a doença sofre influências sazonais, como a influência de alérgenos ambientais no agravamento dos sintomas e no aumento dos diagnósticos realizados durante esses períodos. Estatisticamente foi demonstrado atopia mais frequente e significante associada à EoE, sendo a asma como a principal seguida da rinite. CONCLUSÃO: Por se tratar de uma patologia relativamente nova, a literatura analisada mostrou que são necessários mais estudos em relação aos achados endoscópicos e histológicos, além dos aspectos fisiopatológicos da doença para promover melhor diagnóstico e tratamento aos pacientes.
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