INTRODUÇÃO: As cardiopatias congênitas são malformações que afetam a estrutura e/ou função do coração e vasos sanguíneos durante o período fetal. Essas malformações afetam cerca de 1% das crianças nascidas vivas e são responsáveis por grande parte das internações pediátricas. Ainda, as cardiopatias podem ter ligação direta com o desenvolvimento neuropsicomotor, o influenciando negativamente. OBJETIVO: Identificar as principais cardiopatias infantis e as suas implicações no desenvolvimento infantil. METODOLOGIA: O presente estudo é uma revisão de literatura, na modalidade integrativa, sendo realizadas pesquisas nas bases de dados PubMed, Scielo e Google Acadêmico, utilizando os descritores: “Cardiopatias Congênitas”, “Crianças” e “Desenvolvimento Infantil”. Foram selecionados artigos originais, publicados nos últimos 10 anos, que responderam ao objetivo. RESULTADOS: Os defeitos cardíacos congênitos são classificados como cianóticos e acianóticos, indicando a presença ou não de coloração azulada da pele e das mucosas em virtude de oxigenação insuficiente do sangue. A cardiopatia acianótica congênita mais comum é a comunicação interatrial, seguida pela comunicação interventricular e a persistência do canal atrial, enquanto nas cianóticas são a Tetralogia de Fallot e o tronco arterioso. Os estudos mostraram que crianças com cardiopatias congênitas apresentam um maior risco de desenvolver dislipidemias e inflamação sistêmica, o que pode levar ao desenvolvimento de aterosclerose precoce e aumentar o risco de eventos cardiovasculares adversos, como o AVC. Os estudos sobre o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças com cardiopatia congênita mostram que esses pacientes podem ter atrasos, decorrentes de fatores biopsicossociais, em habilidades motoras e cognitivas em comparação com crianças saudáveis da mesma idade. Além disso, o ambiente domiciliar pode influenciar negativamente o desenvolvimento infantil, especialmente em famílias com baixo nível socioeconômico. No entanto, a intervenção precoce e o acompanhamento multidisciplinar podem contribuir para melhorias significativas no desenvolvimento dessas crianças. A qualidade de vida também é uma preocupação importante, e estudos indicam que pacientes com cardiopatia congênita podem enfrentar desafios emocionais e sociais significativos, o que reforça a necessidade de cuidado integral e individualizado desses pacientes. CONCLUSÃO: As cardiopatias congênitas são uma das principais causas de morbidade e mortalidade em crianças, destacando a comunicação interatrial e a Tetralogia de Fallot. Além das complicações cardiovasculares, crianças com cardiopatias congênitas apresentam um maior risco de desenvolver dislipidemias, inflamação sistêmica, e terem o desenvolvimento neuropsicomotor afetado. É importante que as crianças com cardiopatias congênitas sejam monitoradas regularmente e recebam tratamento integral adequado para minimizar os riscos à saúde cardiovascular e melhorar a qualidade de vida.
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