INTRODUÇÃO: A doença de Alzheimer (DA), gera custos altíssimos, visto que não há perspectiva para a cura. Portanto, tendo em vista melhor qualidade de vida ao paciente, melhor prognóstico e o gerenciamento da doença para uma faixa de custo acessível, o objetivo passa a ser o diagnóstico e manejo precoce. A principal forma de diagnóstico precoce se dá pelo rastreio de traços da proteína beta-amiloide. Essa é a principal constituinte das placas de amiloide observadas no cérebro de pacientes com DA. As placas são formadas nos cérebros de indivíduos idosos, na tentativa do sistema imunológico barrar a entrada de agentes causadores de doenças pela barreira hematoencefálica, que perde sua função ao longo dos anos, devido à membrana protetora do sistema nervoso central se tornar porosa com a idade avançada. Assim, a mesma proteína que protege o cérebro de indivíduos idosos é a que está relacionada à DA.
OBJETIVO: Compreender a eficácia da busca de traços da proteína beta-amiloide para o rastreio da doença de Alzheimer.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura a partir da base de dados PubMed, realizada no dia 19 de abril de 2023, com os descritores “amyloid beta”, “Alzheimer” e “tracking”, associados ao operador booleano “AND” e com o filtro “free full text” e “in the last 1 year”. Foram identificados 15 artigos, dos quais todos foram selecionados para a leitura do texto completo com base nos critérios PRISMA de literatura.
RESULTADOS: Dez dos artigos selecionados indicaram que a detecção da proteína beta-amiloide é eficaz para o rastreio da DA. Esses estudos apontam que a presença de beta-amiloide é um marcador precoce da doença e, consequentemente, permite um manejo mais eficaz e melhores resultados clínicos. Além disso, a detecção da proteína pode ser utilizada como um biomarcador para avaliar a eficácia de tratamentos para a DA. Os outros cinco artigos apontaram que a presença de beta-amiloide nem sempre é um indicador preciso da doença e que outros fatores podem estar envolvidos no desenvolvimento, como a inflamação, os emaranhados neurofibrilares e outros tipos de proteínas anormais.
Ademais, há algumas limitações técnicas associadas à detecção da beta-amiloide. Os exames de imagem são relativamente caros e podem ser invasivos. Já os exames de sangue e líquido cefalorraquidiano ainda estão em fase de desenvolvimento e podem levar algum tempo para se tornarem rotineiramente disponíveis.
CONCLUSÃO: Pode-se concluir que a busca de traços da proteína beta-amiloide é eficaz para o rastreio da doença de Alzheimer. No entanto, é importante considerar que a presença de beta-amiloide nem sempre é um indicador preciso da doença e que outros fatores podem estar envolvidos no desenvolvimento. Portanto, essa detecção deve ser utilizada em conjunto com outras avaliações clínicas e exames para o rastreio e manejo eficaz da doença.
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