INTRODUÇÃO: Atualmente, os padrões nutricionais são dominados por alimentos ultraprocessados, o que se contrapõe ao antigo padrão baseado em dietas tradicionais com alimentos naturais e orgânicos (NILSON, 2022). Porém, o que se observa, juntamente com o aumento do consumo de industrializados, é uma maior incidência de quadros depressivos na população mundial (PARLETTA et al., 2019). Dessa forma, esse presente estudo faz-se necessário para a análise da influência da dieta mediterrânea (DM) – baseada em alimentos tradicionais e equilibrados – nos quadros depressivos e, ainda, como medida profilática para essa enfermidade. OBJETIVO: Analisar a importância da dieta mediterrânea na prevenção e no tratamento da depressão. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Realizou-se a busca de artigos nos bancos de dados National Library of Medicine and National Institutes of Health (PUBMED) e Google Acadêmico, a partir do uso dos booleanos AND e NOT, havendo seleção dos estudos que atendiam à questão norteadora. Como critérios de inclusão foram considerados artigos publicados nos últimos 5 anos em português e também em inglês e espanhol, contando com o auxílio da plataforma Google Tradutor. Os descritores em saúde utilizados foram: “depressão” e “dieta mediterrânea”. Como critério de exclusão, foram descartadas, com o uso de NOT, as revisões de literatura buscadas. Ao todo, foram encontrados 84 artigos em ambos bancos de dados, dos quais 8 foram selecionados. RESULTADOS: Por meio dos dados analisados, foi possível correlacionar a diminuição dos sintomas depressivos em pacientes que adotaram a dieta mediterrânea. Houveram melhoras em 45% do grupo com depressão que consumiu maior diversidade de frutas, grãos integrais e gorduras insaturadas ricas em Ômega-3 (PARLETTA et al., 2019). Também foi ressaltada a inserção DM como possível medida profilática na depressão pós-parto, bem como na redução da ansiedade (FLOR-ALEMANY et al., 2022). No que tange às mulheres grávidas analisadas, percebe-se uma redução significativa nos níveis de depressão das gestantes a partir da diminuição do consumo de carboidratos simples, maior ingestão de proteínas e de fibras (PAPANDREOU et al., 2023). Além disso, notou-se baixa adesão à DM, sobretudo em países latino-americanos, quando comparados aos europeus (PONCE et al., 2021), algo que reflete negativamente na saúde e na qualidade de vida da população. CONCLUSÃO: Considerando os estudos analisados, nota-se a relevância de uma alimentação baseada na dieta mediterrânea para o tratamento e, até mesmo, para a prevenção dos quadros depressivos.
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