INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica progressiva, causada por alteração estrutural ou funcional do coração, este por sua vez perde a capacidade de bombear sangue suficiente para suprir as demandas metabólicas dos tecidos. Pode ser classificada quanto a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) em: preservada (FEVE ? 50%) e reduzida (FEVE <40%). A ICFEp tem como característica a alta pressão de enchimento do ventrículo esquerdo e apresenta vários fenótipos com diferentes fisiopatologias. OBJETIVO: Identificar os principais medicamentos que estão sendo usados na ICFEp e se houve redução na morbimortalidade, hospitalização e melhora na qualidade de vida. METODOLOGIA: O presente estudo é uma revisão de literatura, na modalidade integrativa, sendo realizadas pesquisas nas bases de dados PubMed, Scielo e Google Acadêmico, utilizando os descritores “Insuficiência Cardíaca”, “Farmacoterapia” e “Morbimortalidade”. Foram selecionados artigos originais, publicados nos últimos 5 anos, que responderam ao objetivo. RESULTADOS: Atualmente a insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida já apresenta tratamento bem estabelecido que reduz morbimortalidade, entretanto a ICFEp não teve os mesmos desfechos. Nesse caso, os estudos mostraram que o uso de sacubitril/valsartana não teve redução significante nas hospitalizações e na morbidade por insuficiência cardíaca. O sacubitril/valsartana reduziu o risco de eventos renais em comparação à valsartana. A empaglifozina reduziu a mortalidade e hospitalização por insuficiência cardíaca e melhorou a qualidade de vida em todas as idades analisadas, em comparação ao placebo. O uso de espironolactona nos estudos analisados não reduziu de maneira significativa o total de mortes, nem a quantidade de hospitalizações. Em relação ao uso de betabloqueadores, notou-se que a retirada do medicamento melhorou a capacidade funcional máxima nos pacientes acompanhados. CONCLUSÃO: As evidências demonstram a difícil tarefa de tratar a ICFEp, uma vez que os pacientes apresentam um variado espectro da doença, o que dificulta um diagnóstico preciso e um tratamento uniformizado. Talvez por isso os estudos atuais não conseguiram alcançar um tratamento efetivo como ocorre na insuficiência cárdica com fração de ejeção reduzida. Por isso, mais estudos e investimentos devem ser direcionados a desvendar a maneiras efetivas e uniformes de tratar tal doença.
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