A correlação fisiopatológica do tabagismo no prognóstico do infarto do miocárdio

  • Autor
  • CECILIA DO CARMO DESTEFANO
  • Co-autores
  • José Henrique Camargo Pinto , Ulric Araújo Vitória , Lucas Pereira Barreto e Silva , Guilherme de Sousa Pondé Amorim , Lenita Vieira Braga
  • Resumo
  •  

    INTRODUÇÃO: o tabagismo, uma das principais causas evitáveis de morte, é um vício antigo que esteve presente em várias gerações, mas atualmente tem-se apresentado de maneiras diversas com maior atratividade ao público jovem. Esses novos estímulos tornam imperativa a discussão do prejuízo desse vicio, não apenas como fator de risco ás doenças cardíacas, visto que a associação entre o tabagismo e as doenças cardiovasculares ateroscleróticas já foi amplamente documentada. Contudo, também é fundamental a percepção de que o uso do tabaco perpassa a doença e invade todo o cenário de tratamento dela, posto que, no infarto agudo do miocárdio (IAM), ele pode influenciar desde a resposta fisiológica até a progressão da lesão, conduzindo a alterações no prognóstico do paciente. OBJETIVO: avaliar os efeitos do tabagismo no prognóstico no infarto do miocárdio. METODOLOGIA: trata-se de uma revisão de literatura, na modalidade integrativa, confeccionada através da pesquisa de trabalhos publicados nas bases de dados Scielo e PubMed, utilizando os descritores em ciência da saúde (DeCS) “tabagismo”, “prognóstico”, “ infarto do miocárdio”. Foram selecionados artigos originais, publicados nos últimos cinco anos que respondessem ao objetivo. RESULTADOS: o tabagismo influencia negativamente o prognóstico do infarto do miocárdio, visto que as correlações entre o ato de fumar e o prognóstico diante de um IAM perpassam a sua fisiopatologia, sendo ele fundamental no agravo da remodelação cardíaca (RM), mesmo quando suplementado de betacaroteno. A RM resulta invariavelmente em queda progressiva da função ventricular, apesar de inicialmente contribuir para a restauração da função cardíaca, as alterações bioquímicas, genéticas e estruturais vão conduzir a uma disfunção ventricular progressiva. Portanto, a RM, que é agravada pelo uso continuo do cigarro, resulta em um prognóstico desfavorável para o paciente, pois se associa a arritmias graves e a insuficiência cardíaca. Além disso, o tabagismo se mostra associado a quadros de maior complexidade angiográfica e a lesões isquêmicas cardíacas longas, apresentando mais frequentemente em IAM com supradesnivelamento de ST, dessa maneira, o tabagismo configura um preditor independente de eventos clínicos adversos, influenciando ativamente no desenvolvimento do prognóstico do enfermo. Por fim, o hábito de fumar antes do estabelecimento do infarto aumenta a mortalidade do paciente por diferentes causas do que aqueles que nunca fumaram, com risco dose-dependente aumentado, de forma que o tabagismo possui importância clinica no estabelecimento do tratamento e do acompanhamento de pessoas que tiveram IAM. CONCLUSÃO:  há uma influência negativa no prognostico de IAM do habito de fumar, posto que os desdobramentos nocivos do tabagismo abrangem a predisposição, o estabelecimento e o tratamento do infarto agudo do miocárdio, sendo favorável a cessação do uso de cigarros em qualquer faixa etária, no que diz respeito ao IAM.

  • Palavras-chave
  • Infarto do miocárdio, tabagismo, prognóstico
  • Modalidade
  • Comunicação oral
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