INTRODUÇÃO: O câncer de pele corresponde 33% dos diagnósticos de câncer no Brasil, sendo os mais ccomuns carcinomas basocelulares e espinocelulares (90% dos tumores malignos primários da pele) e o mais letal e agressivo o melanoma. Uma das formas de prevenção contra o câncer de pele é o uso de filtros solares diariamente, que tem proteção contra UVA e UVB. Tem-se uma estimativa de que até 80% da exposição solar acumulada de uma pessoa ocorre na infância, portanto é necessário a fotoproteção nessa fase da vida. Além disso, o melanoma maligno está fortemente relacionado com a intensa e intermitente exposição solar durante a infância, com queimaduras e bolhas dolorosas. OBJETIVO: Avaliar os hábitos de uso proteção solar durante a infância. MÉTODO: O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura integrativa, em que foram utilizados 10 artigos escolhidos das bases de dados PubMed e Scielo, a partir dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), utilizados em português e inglês: “radiação solar”, “protetores solares” e “criança”, aplicando o operador booleano “AND”. Como critérios de exclusão, foram descartados artigos não enquadrados no objetivo do estudo e artigos não disponíveis na íntegra on-line. RESULTADO: A maioria das crianças são expostas ao sol em horários inadequados (10-16h) permanecendo por mais de uma hora. Os protetores solares nunca eram utilizados ou usados de forma esporádica em grande parte dos participantes. Além disso, foi descrito o uso de protetores solares apenas se houvesse exposição ao sol, com pouca ou nenhuma reaplicação e apenas nos meses de férias. Observou-se que aquelas crianças com pele branca tinham maior probabilidade de usar filtro solar e maior índice de reaplicação de filtro. Ademais, o número de meninas que usavam filtro solar era maior naqueles mais velhos. CONCLUSÃO: A Fotoproteção adequada é medida essencial em saúde pública para todas as fachas etárias para a prevenção das neoplasias cutâneas e do fotoenvelhecimento, principalmente na infância em que a exposição à radiação UV é maior do que em outras idades. Essa fase é ainda mais importante por ser crucial na criação de hábitos para a prevenção do câncer de pele, já que a maioria se instala lenta e após anos de exposição. Além disso, a educação em saúde deve reforçar os horários adequados de exposição ao sol, o uso correto de filtro solar e outros tipos de proteção solar. Deve-se destacar o empecilho do não fornecimento de filtros solares pelo SUS, já que não são classificados como medicamentos, por isso possuem um alto custo e dificultam o acesso das famílias de baixa renda. Apesar dessa relação bem estabelecida entre exposição ao sol e câncer de pele, existem poucos estudos sobre os hábitos de proteção solar nessa faixa etária, especialmente no Brasil, que é um país tropical.
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